Cidades
Descartada morte de b�lgaro por pneumonia

ANA MÁRCIA O resultado da necropsia e exames preliminares feitos no tripulante búlgaro, Todor Andrev, 48 anos, do navio MV Mike de bandeira Cipriota, descartam a possibilidade de morte por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) e apontam indícios para óbito por meningite. A chamada pneumonia asiática é descartada, sobretudo, porque a história clínica mostra ausência de sintomas respiratórios. Segundo relatório divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o percurso do tripulante não atingiu áreas afetadas pela Sars, como Bulgária e Suíça, que não possuem casos de transmissão comunitária, e foi informado apenas um caso suspeito importado, em cada um destes países. O búlgaro morreu, no último dia 29, por volta das 20h45, no percurso entre o Porto do Recife e Maceió, após sintomas de febre e convulsão. Os outros 19 tripulantes do navio tiveram a indicação de ser medicados contra meningite, através de um processo de quimioprofilaxia. A gerente de Portos da Anvisa, Kátia Pedroso, veio de Brasília, para acompanhar de perto as investigações sobre a morte de Todor Andrev. ?A embarcação será liberada mediante cumprimento de notificação, exigindo a compra de duas macas e dois cilindros de oxigênio, mas caso algum tripulante apresente problema de saúde, o navio deverá ser arribado num dos portos de seu percurso?, disse Kátia Pedroso. Os portos estão sendo monitorados para este pronto atendimento. O navio seguirá viagem rumo à Argentina. Avaliados Durante cinco dias, os tripulantes do navio MV Mike foram avaliados por médicos e proibidos de desembarcar em Maceió. O navio, ancorado a três milhas da costa, foi vistoriado e apresenta condições sanitárias satisfatórias. Nenhum outro tripulante apresenta anormalidades clínicas, segundo relatório da Anvisa e Secretaria Executiva de Saúde. Os exames laboratoriais das vísceras coletadas do tripulante estão sendo realizados com vistas a detecção da causa do óbito. Segundo o secretário-executivo de Saúde, Álvaro Machado, todos os exames serão feitos em Maceió e na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, para que, associados à história clínica, possam esclarecer a causa da morte. O envio do corpo à Bulgária será custeado pelo agente de navegação.