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Nº 5759
Cidades

Pastor contesta declara��es de m�dico

O presidente da Comissão de Ligação com Médicos e Hospitais (Colih), da Testemunhas de Jeová, pastor Raimundo Pontes, contestou, ontem, as declarações feitas à GAZETA DE ALAGOAS, na última segunda-feira, pelo chefe da maternidade do Hospital Universitário

Por | Edição do dia 14/03/2002 - Matéria atualizada em 14/03/2002 às 00h00

O presidente da Comissão de Ligação com Médicos e Hospitais (Colih), da Testemunhas de Jeová, pastor Raimundo Pontes, contestou, ontem, as declarações feitas à GAZETA DE ALAGOAS, na última segunda-feira, pelo chefe da maternidade do Hospital Universitário (HU), José Elias Soares da Rocha, a respeito da paciente L. A. F. S., 32 anos. Segundo Raimundo Pontes, Elias Soares equivocou-se ao afirmar que integrantes da Testemunhas de Jeová teriam prometido expulsar a paciente do templo caso ela aceitasse receber a transfusão de sangue. L. A. F. S. estava internada há oito dias no HU por causa de uma tromboplastia gestacional, mais conhecida como gravidez molar, doença genética que impede a formação do ovo para gerar um embrião, causando uma neoplastia, mas recusou-se a aceitar a transfusão em obediência aos preceitos religiosos. O pastor também denunciou que um médico do Conselho Regional de Medicina (CRM) teria condicionado a realização de uma cirurgia no útero de L. A. F. S. com seu consentimento para uma possível transfusão de sangue. Raimundo Pontes preferiu não citar o nome do médico, mas afirmou que o profissional tentou impor à paciente que desconsiderasse suas razões pessoais e convicções religiosas e aceitasse a possibilidade de que durante a vácuo-aspiração, procedimento que resolveria o problema, poderia haver a necessidade de uma transfusão, diante da grande chance de ocorrer sangramento durante a técnica. “A religiosa não quis receber sangue de outra pessoa por decisão pessoal baseada em questões científicas e convicções religiosas. Não foi uma imposição da Colih, como estão falando alguns médicos. Nossa religião acredita em tratamentos alternativos que usam outras técnicas cirúrgicas e produtos farmacológicos, reconhecidos pela comunidade científica que dispensam a necessidade de sangue administrado”, frisou.

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