Lojistas apelam ao Incra para evitar invas�o de sem-terra
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Maceió, Wilson Barreto, afirmou, ontem, que a ameaça feita pelos sem-terra de saírem dos acampamentos rurais para o centro de Maceió, no próximo mês de abril, preocupa bastante os empresários do comércio.
Por | Edição do dia 14/03/2002 - Matéria atualizada em 14/03/2002 às 00h00
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Maceió, Wilson Barreto, afirmou, ontem, que a ameaça feita pelos sem-terra de saírem dos acampamentos rurais para o centro de Maceió, no próximo mês de abril, preocupa bastante os empresários do comércio. Nossa classe nada tem a ver com as promessas que deixaram de ser cumpridas pelo governo federal. Entretanto, somos vítimas da situação. Quando esses compromissos não são concretizados e os sem-terra ocupam a área urbana, causam desconforto entre as pessoas que circulam no centro, nossos clientes - observou Barreto. Ele confessou que os lojistas estão torcendo para que o Incra consiga viabilizar a pauta de reivindicações dos sem-terra, evitando que eles venham armar seus barracos na Capital. O presidente da CDL acrescenta que há tempo suficiente para o governo do Estado planejar as estratégias de segurança, caso os sem-terra confirmem que virão para a Capital. De acordo com José Gandhi, integrante do MST, os companheiros que estão aguardando desde o ano passado a notificação do Incra aos proprietários das fazendas Cavalinho e Boa Vista, situadas entre Quebrangulo e Chã do Pilar, esgotaram a paciência. Para eles, é preferível acampar nas praças da Capital do que nas BRs, para pressionar o governo a tomar uma decisão.