Cidades
Alagoas reduz �ndice de mortalidade infantil

FÁBIA ASSUMPÇÃO O Estado de Alagoas fechou o ano de 2002 com um índice de mortalidade infantil de 36,4 mortes por mil crianças nascidas vivas, abaixo do registrado em 2001 que foi de 45,9 por mil. Os dados foram divulgados ontem pelo secretário executivo da Saúde, Álvaro Machado, durante a primeira reunião do ano do Comitê Estadual de Redução da Mortalidade Infantil, no Maceió Mar Hotel, que passa a partir de agora a contar com a participação de representantes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Belo Monte foi o município com menor coeficiente de mortalidade infantil no ano passado (6,80). Além dele, os municípios de Barra de São Miguel, Minador do Negrão, Branquinha, Feliz Deserto, São Miguel dos Campos, Teotônio Viela, Flexeiras, Messias e Pilar receberam certificados por terem se destacado na redução dos índices de mortalidade infantil. A reunião do Comitê foi presidida pelo governador Ronaldo Lessa e teve a participação da representante da Unicef no Brasil, Reiko Niimi e no Nordeste, Josefa Marrato. Durante o encontro, o governador voltou a usar colete, símbolo da luta pela redução da mortalidade infantil no Estado, para retirá-lo oficialmente no final da solenidade. ?O esforço foi grande para reduzir a mortalidade infantil no Estado de 68, 2 em 1998 (dados do IBGE) para 36,4 em 2002, mas temos que melhorar ainda mais?, observou Lessa. ?Mesmo assim, hoje nós temos motivos para comemorar?. Segundo Lessa, a implantação do Programa Fome Zero no Estado, além de outras ações que serão desenvolvidas pelo governo, vão contribuir ainda mais para reduzir os índices de mortalidade em Alagoas. Saúde da Família Segundo o secretário Álvaro Machado, em 2001 foram registradas 1.932 mortes de crianças com menos de um ano. Em 2002 esse número de ocorrências caiu para 1.572. ?Isso significa que foram poupadas 360 vidas, 88 a mais do que em 2001?, ressaltou. A expectativa é que ao término desse governo, o Estado atinja o índice nacional que é de 29 mortes por mil crianças vivas. Para isso, o Estado vai investir em ações como efetivar o Plano Diretor de Regionalização, expandir as equipes dos Programa Saúde da Família ?atingindo 100% da população do Estado - e criar o Centro Integrado de Atenção à Criança. ?O Unicef passará a ter a chancela de premiar os municípios Amigo da Criança?, antecipou Álvaro. Os bons resultados obtidos no combate à mortalidade infantil foram atribuídos pelo secretário ao aumento do número de equipes do PSF, que passou de 510 em 2000 para 742 em 2002, ao aumento da cobertura vacinal e a implantação de programas de combate à fome, como o Bolsa Alimentação. Além disso, dos 102 municípios, 98 instalaram os comitês municipais de redução da mortalidade infantil.