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PF diz ter gasto menos de R$ 200 mil com Beira-Mar

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O superintendente da Polícia Federal em Alagoas, delegado José Paulo Rubim, não sabe precisar o total, mas garante que o custo de manutenção do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, em Alagoas, não chegou a R$ 200 mil. O valor é inferior aos R$ 400 mil divulgados por agências de notícias, o que o superintendente definiu como fantasioso. Segundo Paulo Rubim, está errada a forma de cálculo considerando as diárias pagas aos agentes federais que atuaram nas vigilâncias interna e externa do prédio-sede da PF em Maceió. A Polícia Federal disponibilizou cerca de 80 agentes para atuar na operação Beira-Mar. Destes, apenas 20 vieram de outros estados, o que implica no pagamento de diárias funcionais. Quanto às despesas com o combustível das aeronaves, o delegado federal disse não ter informações para precisar os valores gastos na vinda do traficante para Maceió ou para sua saída da capital alagoana. É improvável que outros prisioneiros, ditos periculosos, sejam transferidos para Alagoas. O caso de Beira-Mar é considerado uma excepcionalidade, reconhecida até pelo superintendente da PF. O acordo político entre o Ministério da Justiça e o governo alagoano, que permitiu a presença do traficante carioca no Estado por 39 dias, fere a Lei de Execuções Penais que estabelece a guarda do condenado em penitenciárias no próprio Estado onde cometeu o delito. Para José Paulo Rubim o caso Beira-Mar pode servir como alerta ao governo federal e estaduais sobre a crise do sistema prisional brasileiro. Quanto à liberação de recursos federais para Alagoas, como compensação por ter aceito a permanência temporária do traficante, Paulo Rubim considera uma questão que deve ser tratada no âmbito da Secretaria Nacional de Segurança Pública. Mas adianta que a superintendência alagoana da Polícia Federal vai se habilitar para ser beneficiada com verbas do Plano Nacional de Segurança. +++ Não há prazo determinado para traficante ficar em SP O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse, ontem, que não há um prazo determinado para o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, ficar em São Paulo. Transferido de Alagoas, ele chegou ao Estado na madrugada de ontem. O governo paulista também não divulgou o período de permanência do traficante no presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo). O secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, declarou que o traficante ficará em São Paulo até que os governos federal e do Rio entendam que ele deva ficar isolado. Pela segunda vez este ano, Beira-Mar foi levado para a penitenciária do município paulista, considerada uma das mais seguras do País. Na primeira transferência do traficante para São Paulo, no final de fevereiro, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) havia determinado prazo máximo de 30 dias para sua permanência no Estado. Ligado ao Comando Vermelho, Beira-Mar foi transferido de Bangu I para a penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes (SP) no dia 27 de fevereiro, após a onda de violência que atingiu o Rio. As ações foram atribuídas à facção criminosa. Depois de quase um mês em São Paulo, o traficante foi levado para Alagoas, com prazo máximo de 40 dias de permanência. A idéia do governo era federalizar um presídio no Piauí para transferi-lo. A federalização, porém, não ocorreu. Beira-Mar ficou 39 dias na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana e ontem retornou para Presidente Bernardes.

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