Cidades
Servidores municipais n�o descartam greve na Sa�de

FÁTIMA ALMEIDA Os trabalhadores da área de Saúde do município de Maceió resolveram dar um prazo de 30 dias para que a prefeita Kátia Born receba as entidades representantes da categoria e apresente uma contraproposta à reivindicação de reajuste salarial. Segundo Wellington Monteiro, do Sindicato dos Enfermeiros, caso não haja avanço nas negociações a proposta é unificar a luta com outras categorias que estão, também, em processo de negociação, a exemplo dos trabalhadores da educação e demais servidores do município, e caminhar para uma paralisação geral por tempo indeterminado. Wellington explicou que o Plano de Cargos e Vencimentos aprovado no fim do ano passado, após três anos de luta, estabeleceu como data-base das categorias da Saúde do município o mês de fevereiro. Segundo ele, as perdas acumuladas somam um percentual de 31%. Como em setembro do ano passado, a Prefeitura concedeu um aumento de 15%, ficou acertado que em fevereiro haveria a compensação, ou seja, esse índice seria abatido do total de reajuste, o que criou na categoria uma expectativa de pelo menos 16% de reposição. ?Só que, até agora, após várias tentativas, a proposta da Prefeitura é reajuste zero?, diz ele. Ontem, as entidades e o secretário de Saúde do município, Adeilson Loureiro, foram recebidos na Procuradoria Geral do Trabalho para uma audiência de mediação, mas o quadro não evoluiu, porque mais uma vez não houve contraproposta. Ficou acertado, por sugestão da PRT, que o secretário agendará uma audiência dos trabalhadores com a prefeita dentro dos próximos 30 dias. ?Decidimos esperar, mas mantendo o nível de mobilização, avançando na articulação com as demais categorias. Se não houver um desfecho positivo, o caminho pode ser a greve?, conclui Wellington.