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PF MIRA SEGURANÇA PRIVADA

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A clandestinidade encontrou terreno farto em Alagoas quando se fala em serviços de segurança privada. A Polícia Federal (PF) é a instituição responsável por investigar as denúncias, procedimento feito anualmente por oito agentes onde houver demanda nos municípios alagoanos. As irregularidades podem ser detectadas ainda na formação de vigilantes ou mesmo no efetivo de um grande centro de compras como um shopping, por exemplo. Os quatro cursos de formação de vigilantes para a segurança privada oferecidos em Maceió e Arapiraca apresentam situação regular. O mesmo não acontece com um condomínio e um shopping em Maceió. Existem serviços que registram funcionários como porteiros, mas que, na verdade, eles estão exercendo a função de vigilante. Isso não pode, afirma o agente da PF, Anderson de Abreu. Ele informou, ainda, à Gazeta de Alagoas que, atualmente, estão sendo investigadas três atividades (pessoas e empresas) clandestinas de segurança privada em Alagoas. Acontece que recebemos muitas denúncias que a fiscalização é de responsabilidade da segurança pública e não nossa, acrescenta. Anderson de Abreu refere-se àquela velha e denunciada atividade reconhecida em várias ruas de Maceió. Homens fardados contratados por moradores e donos de pequenos estabelecimentos comerciais de um bairro para oferecer mais segurança na localidade. Denúncia desse tipo deve ser comunicada à Polícia Militar. Nossa obrigação é a fiscalização intramuros, como empresas de segurança, cursos, bancos, shoppings, condomínios, usinas. O Sindicato dos Vigilantes de Alagoas confirma que é grande o número de profissionais que atua em Alagoas de forma clandestina. Eu diria que é mais do que o dobro dos que estão devidamente formalizados. Estão ali tomando o espaço de um vigilante que fez curso, afirma o sindicalista Roberto Severino da Silva. Para Roberto Severino, a informalidade não está apenas em Alagoas. Esses cursos clandestinos não oferecem a mesma instrução do vigilante que fez curso regido pela PF. O contrato é de boca e, infelizmente, várias empresas têm contratado essas pessoas, algumas delas trabalham até armadas. OPORTUNIDADE O sindicato que representa a categoria enumera que são muitas lojas, empresas, condomínios e casas lotéricas, todo tipo de estabelecimento comercial, sem a vigilância regida pela Polícia Federal. O serviço é contratado de forma clandestina, sem praticamente nenhum controle. Existem muitas empresas clandestinas no Estado e em todo Brasil. Isso porque a PF tem um efetivo muito pequeno para fazer a fiscalização. Sem fiscalização efetiva, essas empresas clandestinas vêm se multiplicando. A PF tem inúmeras atribuições, e uma delas é a segurança privada. O efetivo é muito pequeno para fiscalizar o Estado todo, por isso que a clandestinidade cresce a cada dia. E essas patrulhas nos bairros não deixam de ser empresa clandestina porque está tirando o espaço de um vigilante que tem a formação, desabafa Márcio de Santana Daneu, que é diretor de um Centro de Formação de Vigilantes em Maceió, que funciona há 20 anos. Roberto Severino da Silva é diretor de comunicação do Sindicato dos Vigilantes de Alagoas. Ele conta que quatro centros de formação estão devidamente autorizados pela Polícia Federal, três em Maceió e um em Arapiraca, e confirma o crescimento irregular desse tipo de empreendimento.

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