Cidades
LIFAL : grevistas denunciam desvio de recursos

Fátima Almeida Repórter A produção do Laboratório Industrial Farmacêutico de Alagoas (Lifal), que já foi referência nacional na produção de medicamentos pela rede pública, está parada. Os servidores cruzaram os braços e decidiram acampar em frente ao Palácio dos Martírios, à espera de uma solução, por parte do governo, para a situação do órgão. Eles alegam que os salários estão completando dois meses de atraso e denunciam a situação de desmonte do Lifal, caracterizada, principalmente, pela falta de investimentos para a produção. De acordo com Adauri Amaro, diretor do Sindipetro, entidade de classe à qual os trabalhadores do Lifal são filiados, a categoria apurou uma série de desvio de recursos na Lifal, até mesmo no repasse de dinheiro descontado dos trabalhadores para a Previdência. Muitos já completaram o tempo de aposentadoria, mas não estão conseguindo dar andamento ao processo porque o dinheiro, descontado no contracheque, não foi recolhido ao INSS, completou Adauri Amaro, que levou a questão ao Instituto. Os funcionários reclamam que não receberam ainda o salário do mês de fevereiro e nem outros direitos, como cesta básicas e vale-transporte. Eles dizem ainda que estão ociosos, sem conseguir trabalhar porque falta matéria-prima para a produção de medicamentos, inclusive o coquetel anti-Aids, do qual o laboratório sempre foi referência no Nordeste. Os diretores passam o dia jogando no computador e os funcionários matam o tempo jogando dominó. Na semana passada chegou material, mas não é suficiente nem para dois dias de produção, afirma Adauri. outro lado Ontem pela manhã os servidores foram recebidos, em comissão, pelo Gestor de Articulação Colegiada do Governo do Estado, Pedro Alves, que ficou de articular uma audiência com o governador. A GAZETA tentou ouvir a diretoria do Lifal, mas não conseguiu. Por telefone, o diretor industrial (Átila) alegou que só o presidente do Lifal, Marcos Omena, poderia falar, mas ele não se encontrava no órgão. Um funcionário de nome Clóvis informou que ele estaria, no Palácio, mas também não foi localizado. Pelo celular de Marcos Omena, uma pessoa que atendeu a ligação informou que ele esquecera o aparelho na empresa.