Cidades
Alagoas ser� refer�ncia em laborat�rio de DNA

BLEINE OLIVEIRA Colocar a ciência e a tecnologia à serviço da sociedade, ajudando no combate à violência, à fome e às doenças. Em síntese é o que esperam dirigentes públicos envolvidos no trabalho de elaboração de um projeto técnico-científico ara transformar Alagoas numa referência para o Nordeste na utilização do DNA como instrumento de avanço social. Uma comissão formada por representantes do governo do Estado e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) se reuniu ontem para começar a elaborar o projeto. Participaram da reunião o secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, Geraldo Majella Marques, o reitor da Ufal, Rogério Pinheiro, o diretor do Laboratório de Genética, professor Luiz Antônio Ferreira, e a diretora do Museu de História Natural, professora Rosário Almeida. Eles começam a trabalhar reforçados pelo compromisso assumido pelo secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Eduardo Gomes, que esteve em Maceió na última sexta-feira, 9, de que Alagoas será referência regional no Plano Nacional de Segurança Pública. Para combater a violência, a meta do governo federal é promover a integração entre as polícias e investir em inteligência e perícia técnica. Para isso é necessário que policiais sejam treinados para adotarem uma política única de segurança pública. O papel do Laboratório de DNA da Ufal é executar esse treinamento dando aos agentes policiais e aos peritos criminais capacidade investigativa com base num modelo novo e moderno de ação. De forma científica, será possível identificar os responsáveis por estupro, assassinatos e usar pistas como fios de cabelo, impressões digitais e outros para desvendar crimes. ?A nova política muda o enfoque do trabalho das polícias e cria no policial uma nova mentalidade?, diz o professor Luiz Antônio, da cadeira de Genética da universidade alagoana. O projeto de ampliação do Laboratório de Genética da Ufal deve estar concluído no final de junho e vai mostrar quais os equipamentos e espaço físico serão necessários para o treinamento de policiais militares e civis de todo o Nordeste. A previsão é de que mais de 100 mil agentes sejam treinados em Alagoas.