Cidades
Ex-atleta luta contra um mal imbatível

IVAN NUNES Repórter União dos Palmares - Um dos maiores nomes de um esporte em que o preparo físico, aliado à boa técnica, são fundamentais para o seu desempenho morre um pouco a cada dia na pessoa do estudante Luís Antônio Barros da Silva, o Lula, 29. Acometido de uma hipertensão pulmonar primária, Lula já esteve em hospitais de São Paulo e Rio de Janeiro, em busca da cura para um mal que acomete o desportista. Seu principal adversário está fora das quadras de futevôlei. Vem da falta de dinheiro para custear despesas com um tratamento considerado caro para mantê-lo vivo. Lula já venceu oito paradas cardíacas, e, a cada três dias, médicos que assistem o jogador no Hospital Universitário, em Maceió, retiram litros de água de sua barriga para que ele possa sobreviver. Há dois anos, Lula disputava bola-a-bola com nomes nacionais do futevôlei nas paradisíacas areias das praias do Rio de Janeiro formando duplas com Renan, Júnior Negão, Alan. Hoje, o ex-atleta sobrevive com uma aposentadoria do INSS na ordem de R$ 300, dinheiro usado para comprar remédios. Tenho vergonha de pedir dinheiro aos meus amigos para comprar medicamentos. Esta semana por não ter dinheiro perdi exames importantes em Maceió, lamenta o ex-atleta. Perguntado sobre qual o principal remédio que o mantém vivo, Lula responde: Viagra. O remédio mantém o meu sangue em circulação, mandando para o coração, mas não tenho como comprar, pois cada caixa custa 110 reais. Quando recebo, compro pelo menos duas para o mês, gostaria muito de receber ajuda nesse sentido, estou sozinho com Deus, lamenta Lula. Para receber ajuda, a família do ex-atleta colocou à disposição o telefone (82) 3281-2864. Luís Antônio vive hoje com os avós numa casa de dois cômodos. Metade de suas lembranças como jogador de futevôlei em Alagoas e suas participações no Nordeste, registradas por meio de fotografias, o atleta chegou a destruir devido à situação de abandono em que vive.