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Professora deve ser indiciada por agressão

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| REGINA CARVALHO Repórter A delegada de Crimes contra a Criança e o Adolescente, Ana Luíza Nogueira, pode indiciar Bárbara Costa e Silva, diretora da escola particular Galileu, localizada no bairro Poço, em Maceió, pelo crime de maus-tratos. Ela é acusada de agredir uma criança. A auxiliar de laboratório Maria Betânia Vaz da Silva prestou queixa na delegacia especializada, há uma semana, e denunciou aos agentes policiais que seu filho de 6 anos (R.M.J.) foi vítima de agressões físicas dentro da escola por duas vezes. Ele é muito ativo e recebe, inclusive, acompanhamento psicológico. Meu filho me disse que o agarraram porque ele não queria voltar à sala de aula, contou Betânia. Revoltada com a atitude da diretora da escola, Maria Betânia resolveu prestar queixa. Ela (diretora) expulsou meu filho da escola porque é desobediente. Como pode uma coisa dessa?- questionou. Segundo a mãe, uma semana depois da agressão, o menor ainda apresentava marcas roxas nos braços. Ele foi agredido dentro da escola e até hoje tem marcas das unhas da pessoa que o agarrou, acrescentou a auxiliar de laboratório. A delegada Ana Luíza informou que além da acusada de agressão, a mãe também voltará ser ouvida, para que o caso seja encaminhado à Justiça. Maria Betânia informou que, por duas vezes, seu filho apareceu com marcas de agressão pelo corpo. A primeira delas no mês passado. Conversei com a diretora. Na última vez resolvi prestar queixa, pois puxaram com muita força chegando a machucá-lo, disse a mãe. ### Mãe foi aconselhada a bater no filho A diretora da escola Galileu, Bárbara Costa e Silva, foi ontem à Delegacia de Crimes contra Criança e Adolescente, no Centro, depor sobre a acusação de maus-tratos que lhe é imputada. Ela chegou sozinha e foi ouvida pelo chefe de expediente em exercício, Clóvis Leopoldo Silva. Após a audiência, a diretora se negou a conversar sobre o caso, evitando sair da sala até que os jornalistas presentes deixassem o prédio da delegacia. Mas, segundo Clóvis Leopoldo, ela negou a acusação de que o menor, filho de Maria Betânia, tenha sido agredido em sua escola. No depoimento, Bárbara alega que se o braço do menor estava machucado pode ter sido em conseqüência da ação dos professores de afastá-lo de uma briga com outro menor. O menino, segundo consta do procedimento investigativo instaurado na Delegacia de Crimes Contra Crianças, é hiperativo. A própria diretora disse que ele não pára quieto. A diretora diz ainda que, por solicitação da mãe, providenciou a documentação de transferência do menor, para que ele possa ser matriculado em outra escola. No procedimento consta a informação de que o menino foi matriculado na escola Galileu no dia oito de agosto último, e cerca de 22 dias depois, ou seja, no dia 31 daquele mês, foi transferido. Acusação mantida O chefe de expediente que ouviu a diretora disse que a partir do depoimento dela serão adotadas providências para novas investigações. Leopoldo ressaltou que caberá à delegada Ana Luiza Nogueira definir os próximos encaminhamentos para o caso. A mãe, entretanto, mantém a acusação de que seu filho sofreu maus-tratos durante o período em que foi aluno da escola Galileu. Disse à diretora que é meu filho único e mora em apartamento, por isso, tem muita necessidade de brincar. Mas ela condena a minha atitude de negociar e incentivava que eu batesse nele, explicou. Há uma semana a diretora avisou à Maria Betânia que a escola Galileu não podia mais ficar com a criança. Tivemos que encontrar outra escola, disse a auxiliar de laboratório. A psicóloga e auxiliar de enfermagem Elisângela Barbosa conta que presenciou o momento em que o menino foi levado ao local de trabalho da mãe pela diretora da escola. Vi as marcas nos braços dele. Uma agressão dessa somente porque o garoto não queria voltar para a sala de aula? É um absurdo uma coisa dessa, relatou. Maria Betânia acredita que a agressão feita a seu filho pode ter partido também de outros funcionários da escola e não apenas da diretora. Procurada pela Gazeta no mesmo dia em que a mãe fez a denúncia, a diretora do estabelecimento de ensino não quis se aprofundar no assunto e negou a agressão. Na escola não houve nada. Quero que ela prove. Não tenho nada a declarar. A escola vai falar somente às autoridades, em audiência, rebateu Bárbara Costa. No procedimento policial ela é acusada de maus-tratos qualificados. BL/RC

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