Cidades
Servidor municipal confirma greve para amanh�

A presidenta do Sindicato dos Servidores Municipais, Ângela Padilha, confirmou, ontem, que a categoria entrará greve a partir de amanhã. ?Nossa reivindicação é 36% de reajuste, mas a prefeita não avança na contraproposta? - observou a sindicalista, ressaltando que os servidores não foram intransigentes, inclusive deram um prazo bastante elástico para que a prefeita negociasse uma oferta mais digna. Os servidores reivindicam, ainda, que a prefeita pague o novo valor do salário mínimo ? R$ 240,00. Como determina a Constituição Federal. Segundo Ângela, a prefeita Kátia Born teria alegado falta de condições financeiras para cumprir o novo valor do salário. Para sensibilizar a população e os vereadores, haverá uma manifestação em frente da Câmara, nessa quarta-feira, conforme ficou deliberado pelos servidores. Desde ontem, a categoria está fazendo um trabalho de conscientização para que a greve tenha adesão de 100%. A assembléia geral que deliberou pela greve foi realizada, no último dia 15, no auditório do Sindicato dos Bancários. Segundo Ângela, na última reunião realizada com a diretoria do Sindspref, ocorrida na semana passada, a prefeita descartou qualquer possibilidade de reajuste ou pagamento do salário mínimo vigente do País, o que afronta, inclusive, a Constituição Federal. Daí, a decretação da greve por tempo indeterminado. A presidenta do Sindspref afirmou, ainda, que, em setembro do ano passado, foi acertada uma reposição de 31% que foi paga da seguinte forma: 15% divididos em três vezes e o restante seria pago, este ano, mas não foi cumprido. Deliberações Também na assembléia, foi deliberada uma convocação de todas as associações e entidades representativas dos servidores, para engrossar o movimento da greve; acionar o Departamento Jurídico para entrar com duas ações judiciais: uma para que a prefeita pague o salário mínimo do País e outra que assegure aos servidores uma reposição salarial de 36%, que é o percentual acumulado até abril deste ano. A categoria está disposta a negociar com a prefeita e suspender o movimento a qualquer momento, mas não abre mão da reivindicação. Muitos servidores sugerem que a prefeita reduza o quadro dos cargos comissionados para garantir recursos em caixa e pagar a folha dos efetivos. Segundo os servidores, há inchaço de comissionados nos órgãos.