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quinta-feira, 26/06/2025 | Ano | Nº 5997
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ONGs temem perder recursos para Aids

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| FÁBIA ASSUMPÇÃO Repórter Quatro Organizações Não-governamentais (ONGs) em Alagoas esperam, desde o início deste ano, o repasse de mais de 80 mil pela Secretaria Executiva de Saúde, que deveriam estar sendo utilizados em projetos para prevenção e assistência a portadores de HIV/Aids. Agora, correm o risco de esse dinheiro ser devolvido para o Ministério da Saúde. O coordenador de Preservativos e Medicamentos do Fórum Estadual das ONGs de DST/Aids, Igor Nascimento, disse que as ONGs Conviver, Afinidades GLSTAL, Filhos do Axé e Pró-Vida tiveram aprovados os projetos numa concorrência realizada no início do ano pela Sesau e deveriam recebe R$ 22 mil, cada. Até hoje não viram a cor do dinheiro. Segundo Igor, Alagoas seria o único Estado que não teria feito a prestação de contas desses recursos para o Ministério da Saúde. Hoje existem 1.817 casos de Aids notificados em Alagoas. Segundo Igor, apesar de esse número ser considerado incipiente, o Estado e o município não conseguem dar atendimento adequado aos soropositivos. Ele ressalta que a maioria dos infectados pelo vírus vive na miséria, e mal tem como se alimentar. A situação é ainda mais difícil para os pacientes do interior. Muitos desses pacientes chegam a dormir na porta dos hospitais e na rodoviária, quando não conseguem voltar para casa, diz. Muitas vezes eles não conseguem transporte, porque não respeitam a carteira de passageiro especial, acrescenta. Ele denuncia que apesar de não haver falta dos retrovirais que compõem o coquetel antiaids, faltam medicamentos nos postos para as doenças oportunistas como pneumonia e tuberculose. Ele denuncia que no Hospital de Doenças Tropicais (HDT) os portadores de HIV estão sendo internados na mesma ala dos doentes de tuberculose, o que pode agravar ainda mais seu quadro de saúde. Faltam também camisinhas para fazer o trabalho de prevenção. Só há preocupação em distribuir camisinhas em algumas datas como carnaval, São João, como se as pessoas só fizessem sexo nesses períodos de festa. ### Até nos postos de Saúde falta camisinha Há dois anos, as ONGs tiveram reduzida a quantidade de camisinhas. Hoje temos cerca de três mil homossexuais em Maceió, mas cada ONG recebe apenas 20 caixas de preservativos por mês. Há dois anos, eram distribuídas 40 caixas, diz o coordenador do Fórum das ONGs, Igor Nascimento. Faltam camisinhas até nos postos de saúde, diz. Para Igor, o problema não é de falta de recursos, já que o Programa DST/Aids do governo federal recebe recursos da ONU. De acordo com a base de dados do DataSUS, só este ano o Estado recebeu mais de R$ 500 mil do Programa Nacional DST/Aids e mais de R$ 15 mil para ações estratégicas contra a Aids. A Secretaria Municipal de Saúde recebeu mais de R$ 300 mil do programa. A coordenadora Estadual do Programa DST/Aids, Fátima Rodrigues, não foi encontrada para prestar esclarecimentos sobre as denúncias feitas pelo representante do Fórum das ONGs. Ela está de licença por motivos de saúde e a sua substituta não soube informar como está o andamento do processo para liberação dos recursos destinados às Organizações Não-governamentais. |FA

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