A maioria das unidades particulares de Alagoas deve reajustar as mensalidades escolares no próximo ano, correção que deve ficar em até 10% para 2020, percentual que ainda pode variar. Por outro lado, a inadimplência continua crescendo e chega a ultrapassar 30% em alguns casos.
“Como todos os anos, o sindicato orienta que as escolas façam as suas planilhas, porque cada uma tem sua realidade e cada escola vai ter suas demandas e suas despesas. A gente não pode taxar um percentual e generalizar. Alguns anos atrás se determinava índices, mas com o passar do tempo, a política econômica do país, as necessidades e as demandas de cada escola, então a gente começou a orientar que façam suas planilhas”, explica Lavínia Galindo, secretária-executiva do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de Alagoas.
“Acreditamos que o reajuste fica em torno de até 10%, de acordo com a elaboração das planilhas escolares. Isso varia para acompanhar a política econômica do país. Na sua maioria, as escolas vão aplicar aumento, até porque aquela escola que não aumenta ela está passível até de ter alguma complicação econômica e se fizer essa prática por muito tempo pode até fechar a porta. É preciso para acompanhar a política econômica do país”, afirma a professora Lavínia Galindo. Segundo a integrante do sindicato, o aumento de taxas de energia, de água, de telefone reflete diretamente nos custos das unidades
“A gente tem encargos para resolver, tem a data-base que é em março, que é do reajuste dos docentes e dos administrativos da escola. Então, indubitavelmente as escolas terão que pagar reajustes todos os anos, em todos os encargos. Há diferenciação entre as escolas em relação ao reajuste, não há um índice único”, acrescenta a professora Lavínia Galindo.
As escolas particulares ainda amargam altas taxas de inadimplência, que variam em até 35% em determinadas escolas. O sindicato estima que – em Alagoas – há entre 500 a 700 unidades privadas de ensino, mais de 300 em Maceió.
“A inadimplência ainda é altíssima. Isso é muito preocupante e varia de escola para escola, mas algumas têm até de 30 a 40% de inadimplência e prende-se a diversos fatores. Isso dificulta muito. Soubemos que algumas escolas fecharam as portas pela conjuntura econômica e algumas que tinham número muito pequeno de alunos que não tinham como sobreviver e não tinham como pagar os encargos. Isso é uma realidade nacional, que está atingido outros setores”, finaliza a secretária-executiva do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de Alagoas.