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Nº 5856
Cidades Foto de satélite mostra mancha supostamente de óleo a 40 km do litoral do RN

Nova imagem derruba versão de que navio grego teria vazado óleo

Uma nova imagem de satélite divulgada ontem pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas, pode derrubar a hipótese de que o navio grego Bouboulina teria sido o responsável pelo vazamento d

Por Fábio Costa | Edição do dia 14/11/2019 - Matéria atualizada em 14/11/2019 às 09h27

Uma nova imagem de satélite divulgada ontem pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas, pode derrubar a hipótese de que o navio grego Bouboulina teria sido o responsável pelo vazamento de óleo que atingiu as praias do Nordeste. De acordo como blog do jornalista Diogo Schelp, do portão UOL, a foto mostra uma mancha já identificada por varredura feita por outro satélite, conforme revelado no último sábado (9).

A mancha, que o pesquisador Humberto Barbosa diz se tratar de óleo, estava situada a 40 quilômetros do litoral do Rio Grande do Norte, próximo a São Miguel do Gostoso, e tinha 85 quilômetros de extensão por menos de 1 quilômetro de largura. Barbosa identificou a mancha pela primeira vez ao analisar imagens do satélite Sentinel 1-A, feitas por volta das 8h do dia 24 de julho. A imagem divulgada ontem é de outro satélite, o Aqua-Modis, registrada na tarde do mesmo dia, na mesma localização e com as mesmas características da que foi feita pelo Sentinel. A mancha de óleo identificada pelos dois satélites é anterior à passagem do navio grego.

“Eu analisei a rota do Bouboulina e não identifiquei nada de anormal”, disse Humberto Barbosa em entrevista ao blog do jornalista Diogo Schelp. Com base em dados do serviço de rastreamento Marine Traffic, não foi possível identificar nenhum navio passando pelo local naquela data que pudesse ter provocado o vazamento. Isso reforça a hipótese de que o vazamento pode ter sido provocado por um navio fantasma, ou seja, que desligou o transponder, equipamento que permitiria localizá-lo. Quando a primeira imagem da mancha do dia 24 de julho foi divulgada pelo Lapis, a Marinha divulgou nota contestando que se tratava de óleo e que estivesse ligada ao vazamento no Nordeste. Barbosa, por sua vez, não tem dúvida de que as imagens que ele analisou estão relacionadas ao vazamento do óleo. “Só não dá para saber com certeza se aquele é o local de origem.”

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