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Nº 5861
Cidades Militares pediram à Justiça que julgue um recursos da categoria para barrar despromoções

Militares cobram julgamento de ação sobre despromoções

Com ato em frente ao TJ-AL, categoria repudiou medida tomada por Renan Filho, que atingiu cerca de 500 pessoas

Por william makaisy | Edição do dia 04/12/2019 - Matéria atualizada em 04/12/2019 às 06h00

/Militares pediram à Justiça que julgue um recursos da categoria para barrar despromoções

Dezenas de policiais militares realizaram um protesto na frente do Tribunal de Justiça (TJ), na Praça Deodoro, no centro da cidade, no final da manhã de terça-feira (3), contra a revisão nos trâmites de promoções dentro da corporação referendada pelo TJ/AL. As despromoções partiram de medidas tomadas pelo governador Renan Filho (MDB). Ao todo, cerca de 500 militares foram afetados com a despromoção. O ato não atingiu o efetivo de militares trabalhando na terça-feira, já que todos que aderiram ao protesto estavam de folga. Alagoas têm, em média, 6 mil PMs, destes, cerca de 12% foram afetados com a medida. Os policiais citam ser uma articulação política do governador, “provocada a pedido da PGE [Procuradoria Geral do Estado], articulada politicamente pelo Renan Filho”, conforme criticou Wagner Simas, presidente da Associação das Praças da PM e CBM de Alagoas (ASPRA/AL). De acordo com Wagner Simas, o Estado cometeu um equívoco com relação aos números informados como referentes aos danos financeiro sofridos pelo Estado pelas promoções dos PMs. “O número informado foi equivocado, no que tange a oneração da folha não foi o número dito, e o presidente do Tribunal de Justiça [Tutmés Airan] está ciente de que o número não é real. Se for feito um somatório dos pouco mais de 500 militares despromovidos não chega a 1 milhão de reais, e o estado apresentou 15 milhões”, explicou o presidente da Associação das Praças da PM e CBM de Alagoas (ASPRA/AL). “Aqui estamos tentando sensibilizar o presidente do TJ, desembargador Tutmés Airan, para pedir pauta do julgamento do nosso agravo [recurso judicial], uma vez que, em uma decisão monocrática, ele avocou diversos processos de primeiro grau e, com essa decisão, despromoveu mais de 500 militares. Então, a gente entrou com um agravo, já tem mais de três meses, e o prazo para o julgamento já se extrapolou. Não temos nenhum posicionamento por parte do presidente do TJ em colocar o agravo em pauta para o pleno deliberar”, criticou Wagner Simas. Alguns militares presentes no local fizeram questão de mostrar a indignação da categoria, que diz que irá se unir para conseguir seus direitos. “A Justiça tem que ser imparcial, e é isso que os policiais militares esperam dela. Não podemos ser impedidos de conseguir nossos direitos. O que está acontecendo é um retrocesso. Ganhamos direitos que, depois, foram retirados. Este ato mostra que os policiais não estão parados, e vamos lutar pelos nossos direitos”, reforçou Wellington Fragoso, major da Polícia Militar (PM) e ex-presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal). MILITARES AFETADOS As despromoções não provocaram somente transtornos financeiros aos militares afetados, como também psicológico e emocional. “Nós estamos vendo nossos companheiros militares em estado de depressão, alguns chegando a tentar contra a própria vida. Esse fim de semana tivemos 4 companheiros que faleceram, não está claro se a depressão foi em decorrência das despromoções, mas tudo leva a crer que sim, se observarmos o contexto” contou Wagner Simas.

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