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Nº 5759
Cidades

Livro de ju�za alagoana questiona pena de morte

Primeira juíza alagoana a escrever livro sobre pena de morte (lançado ontem), Maria Nita da Silva defende a prisão perpétua com serviços prestados como o melhor substituto para a pena de morte, que, segundo ela, não resolveu o problema da criminalidade em

Por | Edição do dia 16/03/2002 - Matéria atualizada em 16/03/2002 às 00h00

Primeira juíza alagoana a escrever livro sobre pena de morte (lançado ontem), Maria Nita da Silva defende a prisão perpétua com serviços prestados como o melhor substituto para a pena de morte, que, segundo ela, não resolveu o problema da criminalidade em países como Estados Unidos e Japão, onde a pena foi adotada como meio de punição. A juíza defende a criação de colônias agrícolas nos presídios, programas de terceirização de serviço e minifábricas para que o sistema prisional se torne auto sustentável. “O preso ocioso só pensa em coisas negativas, não produz , revolta-se contra a sociedade e sai pior do que quando entrou porque sente-se desrespeitado e injustiçado. O Estado tem que oferecer assistência judiciária, psicológica e desenvolver todo um trabalho de recuperação que praticamente não existe no Brasil”, explicou. De acordo com Maria Nita, a participação do Estado é fundamental na recuperação dos presos. “O Estado tem que oferecer condições de reabilitação para que o encarcerado tenha ocupação e possa produzir em benefício da sociedade, do contrário, a sociedade é que vai continuar pagando”, reforça a magistrada. Baseada nas pesquisas realizadas para elaboração do livro e experiência profissional, a juíza chegou à conclusão que a pena de morte não ajuda a diminuir a criminalidade. A última execução no Brasil aconteceu em 1855, mas só foi referendada na Constituição de 1988. “À nação cabe proteger o cidadão, não tirar sua vida sob pena de castigo”, finalizou.

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