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Transporte clandestino triplicou no Estado

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FÁBIA ASSUMPÇÃO A evasão de rendas, provocada pela concorrência com os transportes clandestinos, está falindo o sistema de ônibus intermunicipal do Estado e muitas empresas não vão se sustentar, caso o governo não tome providências urgentes. A concorrência também se reflete na queda do número de passageiros transportados pelos ônibus urbanos. O alerta é do assessor de comunicação da Transpal, José Guilherme da Silva, afirmando que o número de transporte clandestino triplicou, principalmente no Interior, depois que o governo editou a lei que cria o Sistema de Transporte Complementar. Esse crescimento tem gerado, inclusive, atritos entre grupos que querem dominar o setor de transporte alternativo. ?Apesar de a lei não ter sido regulamentada, isso só deve acontecer no fim deste ano ou início de 2004, muitas pessoas estão pensando que o transporte alternativo está liberado?, pondera Guilherme. Segundo ele, entre os alternativos, o que mais tem aumentado são os chamados táxis-lotação, que vêm do Interior e acabam circulando dentro da capital. ?Isso tem provocado uma concorrência, não só com os ônibus urbanos, mas com o próprio sistema de táxi de Maceió?. Guilherme ressalta que o governo poderia adotar algumas medidas para evitar o colapso no sistema de transporte por ônibus a curto e longo prazos. ?Em caráter emergencial, deveria ser realizada uma fiscalização sistemática contra os transportes clandestinos?, observa. O alto preço da passagem de ônibus acaba resultando na queda do número de passageiros. O sistema de transporte urbano de Maceió, que já chegou a transportar mais de 11 milhões de passageiros/mês, hoje situa-se na casa dos 9 milhões. ?Chegamos a transportar apenas 7 milhões?, lembra Guilherme. Sem dinheiro no bolso, muitos trabalhadores estão optando por andar a pé ou por um transporte mais barato: a bicicleta. Para reduzir o preço das tarifas, uma das reivindicações do setor de transporte por ônibus, cuja discussão já está no Congresso Nacional, é de tratamento isonômico com as empresas de transporte aéreo. ?A alíquota de ICMS para o transporte terrestre varia até 17%, enquanto as empresas aéreas estão livres desse encargo?. Guilherme avalia que se não fosse a pesada carga tributária sobre o setor, a passagem de ônibus em Maceió poderia chegar, hoje, a apenas R$ 0, 80. Outro problema enfrentado pelo setor de transporte urbano é o alto índice de gratuidade. No ano passado, 11.800 pessoas por mês andavam de graça ou pagavam meia-passagem. Este ano, com o recadastramento, esse número caiu para 7.500.

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