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Susp abre as portas de Alagoas para presos de qualquer Estado

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BLEINE OLIVEIRA A vinda dos presidiários Ricardo Tavares e Israel Pantoja, do Amapá, para a sede da Polícia Federal em Alagoas, é uma das tantas outras transferências que podem vir a ocorrer, depois que o Estado assinou o acordo de participação no Sistema Único de Segurança Pública (Susp), do Ministério da Justiça. Com essa explicação, o presidente do Fórum Estadual de Defesa dos Direitos Humanos, advogado Everaldo Patriota, definiu como normal a transferência para o território alagoano dos acusados do assassinato do velejador neozelandês Peter Blake, crime praticado em 2001. Na avaliação dele, transferências como essa vão passar a ser rotina entre todos os estados que aderiram ao Susp, e devem ser encaradas como mais uma ação na luta contra o crime organizado em todo País. ?É um meio de desmantelar as organizações criminosas?- argumentou Patriota. Mas o representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/Alagoas) no Conselho Estadual de Justiça e Segurança Pública, Narciso Fernandes, discorda das transferências, por entender que cada sociedade deve ser responsável por seus delinqüentes. O representante da OAB questiona a transferência de presos considerando que a medida não altera a onda de criminalidade que cada Estado enfrenta. Citando o caso do traficante Fernando Beira-Mar, que ficou 40 dias em Alagoas, Narciso Fernandes avalia que o índice de violência no Rio de Janeiro, de onde o criminoso é oriundo, permaneceu elevado. ?O terror que esse traficante representa continuou mesmo com ele fora do Rio?- argumentou. Mas em compensação, reage Everaldo Patriota, cresceu bastante o número de apreensões de drogas com a presença de Beira-Mar na sede de Polícia Federal de Alagoas. ?A polícia passou 40 dias em alerta, investigando, realizando operações, usando seu sistema de inteligência?- disse o presidente do Fórum de Direitos Humanos. Na avaliação dele, a transferência de presos não altera a rotina dos presídios alagoanos. ?Temos que nos acostumar com isso, pois podemos vir a precisar que outros estados aceitem a transferência de presos alagoanos?- disse Patriota. Entretanto, para o advogado Narciso Fernandes, o Estado não pode ficar refém de criminosos, mas sim adotar todas as medidas para combatê-los. Uma delas é reconstruir o sistema prisional que, na avaliação dele, está totalmente falido.

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