Cidades
UFAL TEM NOVA HIPÓTESE PARA ORIGEM DO ÓLEO
Abalo sísmico pode ter causado vazamento


Audiência pública nesta quinta-feira (5), em Brasília, vai discutir as ações de enfrentamento às manchas de óleo no litoral brasileiro, com foco no debate sobre os impactos socioeconômicos do derramamento na pesca e no turismo. Com estudos ainda em andamento, uma nova hipótese foi levantada pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e deve ser aprofundada pelos pesquisadores. Os estudos da equipe da Ufal apontam para a possibilidade do vazamento de óleo no litoral nordestino ter sido causado por abalo sísmico, que pode ter provocado fendas em poços de petróleo no mar. A comissão no Senado que acompanha as ações é presidida por Fabiano Contarato (Rede-ES) e tem como relator Jean Paul Prates (PT-RN) e foi criada, de acordo com a Agência Senado, para avaliar, propor e aprovar soluções emergenciais para o enfrentamento das manchas de óleo e monitorar as ações do governo no caso. “O colegiado deve elaborar, com os governos locais e o governo federal, soluções para a situação e para evitar desastres futuros, a partir de visitas aos locais atingidos, reuniões e debates com os envolvidos — que incluem órgãos federais, estaduais e municipais da região Nordeste, ONGs, universidades e centros de pesquisa —, além de possíveis estudos”, informa o portal do Senado. “O que a gente sabe é que a Petrobras e a Universidade Federal da Bahia fizeram uma análise sobre a origem do petróleo, que foram conclusivos a dizer que a origem do óleo que foi encontrado na praia não é produzido no Brasil. Então a gente fez levantamento das áreas onde tiveram abalos sísmicos – principalmente entre julho e agosto - e descobrimos que ficam próximos a bacias e no Sul da Bahia, então a gente viu abalos que chegaram a quase quatro pontos na escala Richter”, explica o professor Humberto Barbosa, do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis). O último dia 29, pesquisadores do Lapis, da Ufal, detectaram um padrão característico de manchas de óleo no oceano, em formato de meia lua, com 55 km de extensão e 6 km de largura, a uma distância de 54 km da costa da Bahia, nas proximidades dos municípios de Itamaraju e Prado.