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Secret�rio admite golpe na venda das armas

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BLEINE OLIVEIRA O secretário de Defesa Social, Robervaldo Davino, admitiu, ontem, que existem irregularidades no processo de compra de armas italianas para as polícias Civil e Militar. Ele revela, inclusive, que há possibilidade de terem sido falsificados documentos incluídos no processo, entre eles, a liberação do Exército para a compra do armamento. Davino afirma que já comunicou o fato ao governador Ronaldo Lessa, que exigiu total e imediata investigação, que apontem os responsáveis se o Estado tiver sido lesado. Em meados de dezembro de 2001, a Secretaria de Defesa Social autorizou o pagamento antecipado de R$ 640 mil para a compra de espingardas calibre 12, em mais uma ação administrativa para reequipar as instituições policiais alagoanas. De lá até hoje a SDS já passou por três administrações, o processo caminha de um lado a outro e as tais espingardas não chegaram ao Estado. São 280 unidades, metade para cada uma das instituições policiais. Já transformado em inquérito administrativo, por iniciativa do secretário Robervaldo Davino, o processo de compra do armamento pode terminar em inquérito policial. E o governo do Estado, se não desatar o nó em que se transformou a compra, terá que responder pela irregularidade. Os recursos foram liberados pelo governo federal, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública. Atualmente, o processo está na Procuradoria Geral do Estado. Negociação A negociação para a compra dessas armas, com processo iniciado na gestão do ex-secretário Edmílson Miranda, dá sinais de problemas desde o início. Há cerca de um ano e meio um dos intermediadores chegou a ser preso para dar conta do armamento. A operação saiu de Maceió, seguiu para São Paulo e, saindo do Brasil, chegou ao Uruguai. De lá parou na cidade italiana de Milano, sede da fábrica Frenchi (subsidiária da Beretta, conhecida fabricantes de armas). Esta, pelos informes encaminhados à SDS, não recebeu dinheiro algum do governo alagoano. O secretário Davino afirma que aguarda uma comunicação oficial da fábrica para designar um delegado especial e instaurar inquérito policial que vai apurar as responsabilidades no caso. Ele também encaminhou expediente à direção do Banco do Brasil, em Brasília, argüindo a veracidade de uma carta de crédito que está no processo, e que, segundo suspeitas, também é falsa. ?O inquérito policial vai mostrar o que houve?, disse ele. O paulista João Otávio Amante, da empresa MDITrade, que intermediou a compra, garante que as armas foram compradas e chegarão a Alagoas logo que for resolvido uma pendência sobre o valor do frete no transporte da Itália até Maceió.

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