O câncer de colo do útero provoca, em média, uma morte por dia em Alagoas. A estatística, apresentada pela enfermeira sanitarista Maria Betânia Silva, coordenadora estadual do Programa Viva Mulher, da Secretaria Estadual de Saúde, supera os números em nível de Brasil, onde ocorrem dez mortes por dia de mulheres vítimas desta doença. O Viva Mulher, programa de controle do câncer de colo do útero e da mama, pretende atingir 73 mil mulheres entre 35 e 49 anos. De acordo com Maria Betânia, pelo menos 57 mil mulheres deste total, nunca fez nenhum tipo de avaliação médica para prevenir os casos de câncer, como o exame de Papanicolau, por exemplo. Todas as unidades de saúde do Estado estarão disponíveis para atender às mulheres no período de 18 de março a 12 de abril, definido pelo Ministério da Saúde para uma campanha nacional de conscientização e para realização de exames preventivos. Além do atendimento nos postos, a população feminina poderá receber a visita dos agentes comunitários de saúde e a equipe do Programa Saúde da Família (PSF). Tabu Segundo Maria Betânia Silva, a falta de exames preventivos torna o câncer de colo do útero uma questão gravíssima, tanto no País como em Alagoas. Ela explicou que o diagnóstico precoce emperra, muitas vezes, nos medos, preconceitos e tabus das próprias mulheres e de seus companheiros em simplesmente fazerem a avaliação inicial. Levantamento das autoridades de saúde revela que, na quase totalidade dos casos, quando o câncer de colo do útero é diagnosticado precocemente as chances são de 100% de cura.