Cidades
Abav diz que Marechal n�o tem atrativos tur�sticos

FÁTIMA ALMEIDA A histórica cidade de Marechal Deodoro saiu do roteiro de visitas da maioria das operadoras de turismo de Alagoas. O abandono do patrimônio histórico, a ausência de infra-estrutura e a falta de profissionalismo com que é tratado o turismo local são fatores apontados pelos agentes como determinantes para esse tratamento que já vem sendo adotado há alguns anos. ?Não tem o que visitar. Com o patrimônio histórico abandonado, igrejas em ruínas e monumentos fechados, a cidade não oferece nenhum atrativo que justifique sua inclusão nos roteiros turísticos. Quando insistimos os turistas reclamam, porque não têm muito o que ver. Preferem ir à praia?, observa Afrânio Lages Filho, da Transamérica Turismo e presidente da Agência Brasileira de Agentes de Viagem (Abav-AL). Ele explica que esse comportamento nada tem a ver com boicote, como às vezes é noticiado. ?Se fosse, a Praia do Francês também estaria fora?, argumenta. Trata-se, simplesmente, segundo Afrânio, de uma avaliação profissional da questão. ?Se as visitas ao Centro Histórico de Marechal Deodoro estavam gerando reclamações dos clientes das agências, não temos porque mantê-las?. Segundo o empresário, para justificar a visitação, a cidade tem que passar por uma adequação que inclua a recuperação do patrimônio histórico, uma programação de funcionamento dos monumentos com horários adequados e um tratamento profissional da questão, inclusive, ouvindo o setor. ?O problema é que eles pensam que basta reclamar através da imprensa para fazer o turista voltar. Nós é que deveríamos estar ocupando os noticiários para reclamar. Há um desinteresse total dos setores responsáveis, inclusive, em conversar conosco. Nunca ninguém do município nos procurou para discutir os problemas, saber os motivos de Marechal Deodoro não ser priorizado nos roteiros turísticos, unir forças e buscar soluções?, reclama Afrânio Lages Filho. Ele deixa claro, também, que não é esse comportamento das agências de turismo que tem contribuído para o abandono em que se encontra o patrimônio histórico. ?É o contrário, o abandono é que resulta nesse tratamento por parte das operadoras?, conclui.