Cidades
Termina drama de garoto abandonado em cl�nica

Os conselhos Tutelar e Municipal do Direitos da Criança e do Adolescente de Atalaia resolveram o problema do garoto Gilvan Santos, 2 anos, que estava de alta na Clínica Infantil Santa Maria Gorete, há três semanas, onde foi internado em junho. A dramática história do garoto teve um desfecho feliz, com as providências adotadas pelos dirigentes das duas instituições. As matérias publicadas na GAZETA DE ALAGOAS, domingo e terça-feira, mostrando o drama vivido pelo menino, cujos pais estão cumprindo pena de 25 anos, nos presídios Santa Luzia e Baldomero Cavalcanti, por crime de latrocínio, teve grande repercussão, pois muitas famílias ligaram ou foram à clínica, interessadas em adotar ou ajudar a criança. O presidente do Conselho Tutelar, José Cláudio da Silva, e o presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Massilon Mendes Filho, vieram a Maceió, na terça-feira, e conseguiram deixar o menino sob os cuidados do Lar Batista Marcolina Magalhães, onde suas três irmãs, de 5, 8 e 10 anos estão há pouco mais de um mês, e deverão ficar até que seus pais saiam da prisão. O Lar Batista aceitou Gilvan em caráter especial, pois se trata de um orfanato exclusivo para meninas. Os presidentes dos dois conselhos concordaram que o garoto ficasse na residência de uma família evangélica indicada pela diretoria do lar e da Denominação Batista, enquanto é providenciada a documentação para que ele seja encaminhado à Creche Adoção do Município, no Poço. Cuidados médicos Apesar de ter recebido alta da clínica, Gilvan Santos ainda precisa de cuidados médicos e o cardiologista José Wanderley Neto já se prontificou a resolver um problema cardíaco que o menino apresenta (sopro). Gilvan deverá ser submetido, também, a uma cirurgia no reto, exames laboratoriais e tratamento dentário, o que está sendo providenciado pela família que o recebeu. Nos fins de semana, ele será levado ao Lar Batista, para ficar com as irmãs. Gilvan só deverá ser encaminhado à Creche Adoção depois de ser submetido ao tratamento de saúde, que será iniciado esta semana com o cardiologista José Wanderley. Massilon Mendes Filho, do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Atalaia, admite a possibilidade de o garoto vir a ser adotado, já que seus pais vão permanecer, no mínimo, por mais 16 anos no presídio. Outra hipótese levantada pelo representante do Conselho da Criança de Atalaia, cidade onde os pais de Gilvan foram condenados, é que o menino venha a ser um dos primeiros assistidos pelo Lar Batista Masculino, que está em fase de conclusão em uma chácara cedida por um grupo de norte-americanos no Tabuleiro do Martins. O novo lar da Denominação Batista de Alagoas deverá ser inaugurado em dezembro.