Cidades
Federais retomam protestos contra a reforma

BLEINE OLIVEIRA Os servidores públicos federais voltam às ruas, hoje, em mais uma manifestação de protesto contra o projeto de reforma da Previdência Social, praticamente aprovado em primeiro turno pela Câmara dos Deputados. Logo mais às 9 horas, diversas categorias realizam ato público em frente do prédio das Varas Trabalhistas e de lá seguem em passeata até o Palácio Floriano Peixoto, sede do governo estadual. Na caminhada, os servidores distribuem panfletos, onde denunciam os parlamentares alagoanos que votaram a favor da reforma. Após a aprovação na Câmara, quando o governo conseguiu aprovar o projeto com maior número de votos que o previsto, algumas categorias de funcionários públicos federais decidiram suspender a greve. Já voltaram ao trabalho servidores do INSS, da Polícia Federal, Ministério da Saúde e IBGE. Mas outros decidiram manter a paralisação na expectativa de mudar a posição dos deputados federais na votação das questões pendentes e no segundo turno. Continuam em greve, por exemplo, professores e funcionários da Universidade Federal de Alagoas e auditores da Receita Federal. O presidente da Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), professor Antônio Passos, disse que os professores decidiram manter a paralisação para continuar pressionando o governo e parlamentares a manter conquistas do funcionalismo. ?Vamos aguardar a votação em segundo turno para fazer nova avaliação do movimento. Enquanto isso, lutaremos pela manutenção dos nossos direitos?- afirma o dirigente da Adufal, citando como conquistas a paridade, integralidade e a não contribuição dos inativos. O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais (Unafisco), José Gonzaga, disse que a categoria decidiu manter a paralisação, mas amanhã haverá nova assembléia de avaliação. Os 42 auditores que atuam em Maceió vão decidir se a greve terá ou não continuidade. No dia 19 próximo, os auditores se juntam às demais categorias de servidores públicos federais que vão participar de um grande ato público que contará com a participação de servidores estaduais e municipais do setor de Educação. ?Vamos mobilizar servidores estaduais para que se juntem a nós na luta contra a reforma da Previdência?- disse Cícero Lourenço, do Sindicato dos Previdenciários.