Cidades
Terceiro Setor � apontado como alternativa de mudan�a social

O chamado Terceiro Setor da economia brasileira, formado pelas entidades filantrópicas, sem fins lucrativos, já está sendo visto como uma importante alternativa para promover mudanças sociais no País. Por terem sido criadas pelo sentimento de solidariedade das pessoas, as entidades que compõem o Terceiro Setor estão mudando seu perfil, ou seja, não estão mais sendo vistas de forma isolada, mas como um bloco, um setor que está, inclusive, disputando espaço com o 1o Setor (formado pelo Estado) e o 2o Setor (formado pelas indústrias e empresas com fins lucrativos). Essa abordagem foi discutida, ontem, durante o II Congresso Alagoano do Terceiro Setor, evento realizado no Hotel Meliá, numa iniciativa da Comissão Permanente de Fundações e Entidades de Interesse Social, do Ministério Público de Alagoas, e cujo encerramento acontece hoje. O objetivo do evento é discutir o desenvolvimento do setor e seus reflexos na atuação dos agentes ministeriais, bem como suas características, perspectivas e tendências. ?Por ser uma iniciativa da sociedade, as entidades do Terceiro Setor já se tornaram uma idéia-força, que move e reúne pessoas em busca de seus próprios interesses. Para isso, elas já estão em busca de recursos?, observou a promotora de Justiça Failde Soares Mendonça, da Comissão Permanente de Fundações e Entidades de Interesse Social do MP. Segundo ela, os trabalhos sociais que o Estado fazia, por exemplo, já estão sendo desenvolvidos por essas entidades. Além disso, os direitos sociais que a lei atribuiu ao Ministério Público são feitos por elas. ?Daí o interesse do MP em velar por essas instituições, desenvolvendo meios para fomentá-las?, destacou a promotora.