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quarta-feira, 14/05/2025 | Ano | Nº 5966
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Agora s�o posseiros que acampam em frente ao Incra

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Dezenas de posseiros acamparam ,ontem pela manhã, em Maceió, à porta do prédio onde funciona o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra/AL) e só pretendem deixar o local quando o órgão agilizar os processos de desapropriação das terras, que estão ocupadas há várias décadas. Liderados pela Comissão Pastoral da Terra, os posseiros pretendiam invadir a sede do Incra, mas resolveram acampar à porta diante da suspensão do expediente do órgão, que ficará fechado até a segunda-feira, por determinação da superintendência. Ontem, o clima era de tranqüilidade no acampamento, observado por uma equipe da Polícia Militar, que fazia a segurança na entrada do prédio onde funciona o Incra. Os posseiros chegaram a ter marcada uma reunião com a direção do órgão, ? o superintendente José Quixabeira Neto encontra-se em Brasília - mas ninguém apareceu na parte da tarde. ?Iremos passar a Semana Santa aqui, se for possível, mas queremos que o Incra agilize o processo de desapropriação das terras?, avisou o dirigente da CPT, Severino da Silva, que organizou o acampamento. Os posseiros estão instalados em áreas do município de União dos Palmares e Água Branca. Segundo relatam, muitos deles vivem nas terras há vários anos, sendo que algumas famílias chegam a ter 60 anos como posseiras. De acordo com eles, a Fazenda Belo Horizonte, por exemplo, está com um processo de desapropriação há cerca de três anos no Incra, mas até agora não foi concluído. ?Queremos que a terra seja liberada definitivamente para que as famílias possam trabalhar em paz?, afirmou Severino da Silva. Pressão O posseiro José João de Freitas, um dos acampados no calçadão do comércio, vem sendo pressionado para vender a sua terra a um fazendeiro que se diz proprietário. ?Ele me pediu para comprar meu lote e desocupar a área imediatamente?, disse ele, que mora há nove anos na terra. Através de comunicado à imprensa, a Pastoral da Terra critica a lentidão do Incra, afirmando que existem processos que tramitam há mais de 20 anos no órgão. Segundo a CPT, ao contrário do processo de desapropriação para terras destinadas à reforma agrária, na maioria dos casos os proprietários querem vender a propriedade para que elas continuem com os posseiros.

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