loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
quinta-feira, 26/06/2025 | Ano | Nº 5997
Maceió, AL
27° Tempo
Home > Cidades

Cidades

AL: procura por Enem para privados de liberdade cresce 45%

Ao todo, 224 presos se inscreveram para as provas, aplicadas em nove unidades prisionais do Estado

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp
Pelo oitavo ano consecutivo detentos do sistema prisional de Alagoas fazem o Enem
Pelo oitavo ano consecutivo detentos do sistema prisional de Alagoas fazem o Enem -

O número de reeducandos do sistema prisional alagoano que se inscreveu para realizar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) cresceu 45% em comparação com 2018. Ao todo, 224 presos que cumprem pena nos presídios do estado se inscreveram para fazer as provas que foram aplicadas nesta terça e na quarta-feira (10 e 11), em 2018 foram 184 candidatos. Este é o 8º ano consecutivo que os presos fazem o Enem As provas em Alagoas foram aplicadas em nove unidades prisionais de Maceió e no Presídio do Agreste, localizado em Girau do Ponciano, e tiveram duração de cinco horas, de 13h30 até às 18h30. A maioria dos custodiados que prestam o Enem encontra-se no Presídio Masculino Baldomero Cavalcanti, em Maceió. O exame contempla, ainda, os presos que cumprem pena no regime semiaberto. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em todo país, 46.163 pessoas cumprindo penas ou medidas socioeducativas estão inscritas para as provas. Segundo o órgão, o número de candidatos do chamado Enem PPL cresceu 12,5% em um ano: em 2018, 41.044 pessoas se inscreveram das provas. O crescimento no País fica atrás do apresentado em Alagoas. O Enem PPL avalia o desempenho do participante que concluiu o ensino médio e, a partir de critérios utilizados pelo Ministério da Educação (MEC), permite o acesso ao ensino superior por meio de programas como Sisu, Prouni e Fies. Além disso, contribui para elevar a escolaridade da população prisional brasileira.

O exame é aplicado desde 2010 pelo Inep, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). O número crescente de participantes revela o sucesso da iniciativa, possível pela parceria do MEC e do Inep com as secretarias estaduais de segurança pública, de administração penitenciária, de direitos humanos e de educação.

As provas do Enem PPL têm o mesmo nível de dificuldade do Enem regular. A única diferença é a aplicação, que acontece dentro de unidades prisionais e socioeducativas indicadas pelos respectivos órgãos de administração prisional e socioeducativa, de cada unidade da Federação. Só podem participar aqueles que assinam Termo de Adesão, Responsabilidade e Compromisso, por meio de um sistema on-line. Há provas em penitenciárias, cadeias públicas, centros de detenção provisória e instituições de medidas socioeducativas. A aplicação é posterior ao Enem regular e ocorre em dias úteis. Adultos privados de liberdade e jovens sob medida socioeducativa interessados em participar do Enem PPL devem solicitar a inscrição ao responsável pedagógico da sua unidade, desde que esta tenha assinado o acordo com o Inep.

* Sob supervisão da editoria de Cidades.

Relacionadas