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Nº 5854
Cidades

Ambulantes fecham rua após prisão no Centro de Maceió

Ação foi o estopim para uma manifestação com ameaça de invasão, interdição de vias e acusações de agressão.

Por Luan Oliveira | Edição do dia 19/12/2019 - Matéria atualizada em 19/12/2019 às 04h00

Apesar do acordo para a não apreensão de mercadorias firmado com a Secretária Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social (SEMSCS), um ambulante teve seus produtos confiscados e foi levado por fiscais na tarde de quarta-feira (18), no Centro de Maceió. A ação foi o estopim para uma manifestação com ameaça de invasão, interdição de vias e acusações de agressão.

Segundo os manifestantes, um ambulante foi abordado por fiscais e agredido por vender sua mercadoria na Rua do Sol. A mãe do rapaz também teria sido agredida. Ele teria sido então levado para o prédio da Associação Comercial, também no Centro, e os demais ambulantes temiam que mais agressões fossem ocorrer no local.

De acordo com os fiscais da SEMSCS, os vendedores se aglomeraram na porta e exigiram o retorno do homem, que, segundo eles, estava detido ilegalmente. A polícia foi acionada e o ambulante, levado para a Central de Flagrantes, no Farol. A multidão saiu da Associação Comercial e foi para a Rua do Sol, onde incendiou cocos e interditou a via. O mesmo aconteceu na Rua do Comércio.

O fogo foi debelado pela Polícia Militar e por populares e comerciantes locais. O Corpo de Bombeiros Militar (CBMAL) também foi acionado para a ocorrência, mas quando o caminhão chegou as chamas já haviam sido apagadas.

“A Polícia Militar não vai admitir bagunça aqui no Comércio”, disse o tenente Cardoso, do Primeiro Batalhão de Polícia Militar, responsável por dispersar o protesto. O militar negou as acusações de excessos cometidos durante a ação. Um comerciante que trabalha próximo ao local onde ocorreu a comoção, contudo, afirma ter visto a ação.

“O cara era trabalhador, rapaz de família. (Os policiais) vão querer dizer que ele estava com droga, arma, mas ele não mexia com isso”, disse, entre uma siriguela e outra. A Inspetora Simone Lima afirmou que o rapaz usava tornozeleira eletrônica, drogas e não vendia mercadoria. “Observamos que ele sempre estava ali, mas nunca vendia nada”, contou.

Os fiscais desconfiavam que o ambulante vendia drogas na região e disseram ter provas em vídeo, mas não quiseram reproduzi-los ou compartilhá-los com a reportagem. Os fiscais também não comentaram sobre a detenção do rapaz no prédio da Associação Comercial, nem esclareceram os motivos para tal medida. A Polícia Militar afirmou não ter responsabilidade pelo ocorrido, apenas pelo encaminhamento para a Central de Flagrantes.

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