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Nº 5856
Cidades

PASSAGEM DEVE PERMANECER R$ 3,65 ATÉ REUNIÃO COM PREFEITO

Ministério Público pediu encontro com Rui Palmeira para discutir aumento do valor para R$ 4,10

Por Redação | Edição do dia 08/01/2020 - Matéria atualizada em 08/01/2020 às 10h14

Aumento no preço tem enfrentado resistência por parte da população e de movimentos
Aumento no preço tem enfrentado resistência por parte da população e de movimentos - Foto: Felipe Nyland
 

DA REDAÇÃO

O preço da passagem de ônibus deve permanecer em R$ 3,65 até uma reunião com o prefeito Rui Palmeira (PSDB). O pedido de um encontro foi feito ontem (7), durante audiência sobre o tema no Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) e deve ser atendido pelo chede do Executivo municipal. Além de Palmeira, a reunião deve contar com a presença do Comitê pela Redução da Passagem de Ônibus e da Federação das Associações de Moradores e Entidades Comunitárias de Alagoas, juntamente com empresários responsáveis pelas empresas de ônibus e que buscam o aumento. O reajuste para R$ 4,10 vem encontrando resistência da população e de entidades de classe. Os dados que confirmam a necessidade de um aumento no preço das passagens não foram fornecidos pelas empresas na audiência. Procurada, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Maceió confirmou a manutenção do preço atual da passagem, mas disse ainda não ter previsão de data para que a reunião aconteça.


AUDIÊNCIA NO MPE

A reunião desta terça-feira no Ministério Público de Alagoas aconteceu na sede do Centro de Apoio Operacional (Caop), situado no bairro do Farol. Os promotores presentes ao encontro atestaram que a tarifa proposta seria desfavorável à população, que não pode ser acometida pelo "desequilíbrio financeiro das empresas de ônibus em virtude da perda de usuários do transporte público". Na reunião, o promotor Jorge Dória informou que a questão envolvendo o transporte vai além do valor proposto pelo conselho. Em sua visão, o órgão ministerial encara o assunto com "absoluta prioridade", entendendo ser necessária uma melhoria efetiva em todo o sistema. "É preciso estabelecer prioridades e encarar o transporte público como um serviço essencial à população". Representando a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), Paula Isabelle explicou que há um desequilíbrio financeiro constatado e que o estabelecimento da tarifa de R$ 4,10 foi feito em cima do desequilíbrio. "O conselho está como um poder concedente para ouvir e responder os questionamentos da população. Não estamos travando uma guerra, mas procurando uma conciliação. Existe um contrato e ele precisa ser executado", argumentou. Em resposta, a promotora de Justiça Maria Fernanda assinalou que uma das razões deste desequilíbrio foi a perda de usuários do transporte e, em razão disso, o MP entende que o valor proposto seria desfavorável à população. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Maceió (Sinturb), representado por Fernanda Paiva, a tarifa de remuneração encontra-se deficitária. Na oportunidade, ela defendeu que, desde 2018, não há reajuste na tarifa de remuneração e, consequentemente, na tarifa pública. "Maceió é a capital do Nordeste que mais concede gratuidades em comparação com outras capitais da região".


TRANSPARÊNCIA NOS DADOS

Lideranças populares pedem os dados do balanço que comprovam o desequilíbrio financeiro alegado pelas empresas e pela Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito, porém, até o momento, os empresários não disponibilizaram os resultados. Estes, inclusive, já foram requeridos pela promotoria. O representante do comitê de pela Redução da Passagem, Magno Francisco, afirma que alguns pontos do contrato não são cumpridos pelos empresários, como a renovação da frota. No entanto, a população segue cumprindo sua participação, que é pagar a tarifa sempre que é renovada, uma vez que necessita e segue fazendo uso do serviço. "Ônibus sem mínimas condições e com a população se espremendo dentro do transporte público", pontua.

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