Após a paralisação dos funcionários da empresa Veleiro na manhã de ontem (16), o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Alagoas (Sinttro-AL) informou que a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) teria suspendido o contrato em relação ao processo licitatório de 2015. No entanto, o órgão afirmou que a informação não procede.

De acordo com o vice-presidente do Sinttro-AL, Hernandes José dos Santos, a Velereiro não tem honrado os compromissos trabalhistas, com o atraso dos salários, o não pagamento das férias, entre outros benefícios.

“Foram várias paralisações por parte dos rodoviários e isso complicou a situação da empresa em relação ao contrato da licitação. Com isso, a SMTT pode suspender o contrato em relação à licitação que houve em 2015 e, legalmente, a Veleiro não faz mais parte do Sistema Integrado de Mobilidade de Maceió (SIMM)”

O vice-presidente informou que o sindicato irá propor que os funcionários sejam contratados pelas outras empresas que compõem o sistema de ônibus urbanos de Maceió. “Nossa preocupação agora é com os trabalhadores, não abrimos mão que eles sejam absolvidos no próprio sistema”.

Em nota, a SMTT informou que um ofício foi encaminhado para os representantes do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Maceió (Sinturb) e do Sinttro determinando que as outras três empresas que compõem o SIMM atendam aos bairros que deveriam ser atendidas pela Veleiro.

Ainda segundo o vice-presidente do Sinttro-AL, uma reunião foi agendada para esta hoje (17), com os representantes do Sinturb, da SMTT e da Veleiro, para definir o futuro da empresa e dos trabalhadores.

“A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito informa que segue trabalhando para garantir o direito de ir e vir dos usuários do Sistema Integrado de Mobilidade de Maceió e fazer com que nenhum passageiro do transporte público da capital fique desassistido durante a paralisação dos funcionários da empresa Veleiro”, diz o texto.

Sobre a informação que circulou de que a concessionária teria sido desligada do SIMM, a SMTT esclareceu que não procede. “No entanto, a superintendência ressalta que todas as medidas cabíveis já estão sendo adotadas para coibir qualquer tipo de irregularidade que venha colocar em risco a integridade física dos passageiros e prejudicar a oferta do transporte público”.

PARALISAÇÃO

Nesta quinta, motoristas e cobradores da Veleiro paralisaram, mais uma vez, as atividades para cobrar o pagamento do salário atrasado e outros benefícios que, segundo os funcionários, não estão sendo repassados pela empresa. Apesar das reivindicações, a frota de Rio Largo foi mantida.

Segundo informações repassadas pela TV Gazeta, os trabalhadores cobram o pagamento do salário atrasado, férias e o repasse do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Além disso, os rodoviários afirmam que o valor referente à pensão alimentícia está sendo descontado, mas sem o repasse devido há dois meses.

Ao todo, 52 ônibus estão sem circular na capital, e não há previsão para que os rodoviários voltem aos trabalhos. Eles dizem que o retorno às atividades depende do pagamento do salário do mês de dezembro.