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Nº 5854
Cidades

ÓLEO NAS PRAIAS: SÓ 5 MIL PESCADORES RECEBERAM SEGURO

Colônia diz que Estado tem 45 mil profissionais cadastrados, mas a maioria não foi contemplada com o benefício

Por Victor Lima | Edição do dia 05/02/2020 - Matéria atualizada em 05/02/2020 às 06h00

As 46 localidades atingidas pelas manchas de óleos em Alagoas continuam gerando consequências para as pessoas que foram mais diretamente atingidas pelo desastre, como os pescadores. Segundo eles, apenas 5 mil, dos 45 mil profissionais do Estado, receberam o seguro-defeso. Quem faz a denúncia é o vice-presidente da Colônia dos Pescadores Z, Marcos Sérgio. Ele conta que não foram informados os critérios para que somente uma pequena parcela tenha recebido o auxílio. “Tiveram pessoas que a gente pensava que ia receber e não receberam. Fizeram ficha, estão com a carteira ativa, estão com os seus documentos em dia e não receberam. O critério veio lá do governo. O governo que colocou o dinheiro na conta do pessoal. O pessoal ia com o cartão cidadão, passava, os que tinham dinheiro tirava, os que não tinham, infelizmente, não tirava”. Isso gerou reclamação em sua colônia. “Outros que não receberam vieram aqui na colônia reclamar, mas a gente não tem como pagar, porque o dinheiro não sai do bolso da gente. Só daqui são 1.500 pescadores. A gente não sabe quantos receberam, mas foram muitos que vieram reclamar”, expõe Sérgio. O representante dos pescadores aponta números. “O governo deveria rever essa situação e liberar o dinheiro pra quem não recebeu. Não é justo uma parte receber e outra parte não receber. Cerca de 5 mil pescadores receberam e o estado de Alagoas tem 45 mil pescadores. 39 mil pessoas deixaram de receber. Já que o governo tem cadastro dos pescadores, poderia fazer um levantamento de quem não recebeu e liberar o dinheiro para eles”, conclui.

IMA

A Gazeta de Alagoas entrou em contato com o Instituto de Meio Ambiente (IMA) para buscar mais informações sobre a situação dos óleos nas praias alagoanas e também sobre os pescadores. Em relação aos profissionais, o IMA afirmou que não lida diretamente com o auxílio. Já sobre o desastre ambiental, o órgão respondeu, por meio de nota, que desde o aparecimento das primeiras manchas de óleo nas praias de Alagoas, o governo estadual tomou providências para minimizar os impactos do desastre. Segundo o IMA, até o final da primeira quinzena de novembro o governo de Alagoas já havia investido mais de R$ 4 milhões nesse trabalho. “Passada a fase mais crítica e diante da direção que se tomava, o Estado passou a execução direta das ações para o governo federal, esse respondendo através do Ibama e da Marinha do Brasil, que tem a responsabilidade direta de solucionar e sanar a situação”, diz a nota do IMA.

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