Com a confirmação do primeiro caso suspeito de coronavírus no Estado de Alagoas, e outras vindas de estados vizinhos, como Pernambuco e Sergipe, os médicos alagoanos precisarão estar preparados. O Conselho Regional de Medicina do Estado de Alagoas (Cremal) preparou um workshop para profissionais e estudantes da saúde que querem saber mais. O evento será nesta sexta-feira (28), às 19 horas, na sede do Conselho. A entrada é franca. O presidente do Cremal, Fernando Pedrosa, afirma que a chegada do vírus é inevitável, e o que está em discussão é a escala que ele afetará o estado e a força dele no ambiente tropical. “Não há mais fronteiras”, declara. Profissionais além dos médicos especializados estão convocados para o workshop. “De início, ficará na mão de especialistas. Mas se o vírus espalhar, será necessária a ação dos médicos da atenção básica, também”, explica o presidente. Apesar de o medo ser comum dado à iminência e os casos de epidemia em países ao redor do globo, Pedrosa diz que não há razão para pânico. “É sempre bom ter álcool em gel. Aqui no Cremal temos álcool em gel desde o H1N1. Vai além (do COVID-19)”, conta, mas ressalta algumas informações sobre o vírus.
“O vírus tem uma taxa de infectividade e de letalidade baixíssima, na casa dos 3%”, ressalta Pedrosa. “As pessoas entram em contato com o vírus e não adoecem”. A taxa de mortalidade é estimada em 2%, normalmente em pacientes que já tinham outros quadros de saúde graves.
Qualificações similares já foram feitas antes pelo Cremal, como nos casos dos surtos de H1N1 e da Febre Amarela que tiveram pelo país. “No caso do surto de Febre Amarela, por exemplo, sequer chegou aqui em Alagoas. Mas se qualificar é importante”, conclui.
Outros municípios além da capital também devem receber qualificações similares nos próximos dias, a depender do apoio das secretarias municipais de saúde. Pedrosa ressalta a importância de estar presente nos municípios maiores, como Arapiraca. “Pretendemos estar lá nos próximos dias”, disse.
O evento acontecerá na sede do Cremal, na Rua Sargento Aldo Palmeira, no bairro do Pinheiro. A lotação máxima do auditório é de 200 pessoas, mas o número é flexível. “Podemos expandir”, ressaltou o presidente. Não haverá emissão de certificados, extraordinariamente, devido a necessidade de realizar a capacitação rapidamente.
* Sob supervisão da editoria de Cidades.