A confirmação de um paciente infectado pelo coronavírus que veio da Europa e está em Alagoas - que junto à Bahia são únicos do Nordeste até agora com casos ratificados pelo Ministério da Saúde - eleva a preocupação sobre a circulação do vírus. Até agora todos os registros são importados, inclusive do homem de 42 anos que chegou ao estado, depois de contaminação na Itália.

O Ministério da Saúde confirma 25 casos do Covid-19 no Brasil, quatro deles por transmissão local e 21 importados. Mais de 900 casos são monitorados e quase 700 já foram descartados. “Como não há vacina até agora, é bom evitar aglomerações e buscar atendimento médico caso apresente sintomas. Esse caso [de Alagoas] também não foi adquirido aqui,o homem estava na Itália. Chegou e logo adoeceu, não se imagina que o vírus está circulando em Alagoas ainda. Não tem esse relato. Se tiver doente não vá para o trabalho, não vá para a escola”, explica a infectologista Luciana Pacheco.

“O Ministério da Saúde mudou os critérios de classificação de caso suspeito no país. Agora, todas as pessoas que chegarem ao Brasil de países da América do Norte, Europa e Ásia, e tiverem sintomas como febre, coriza, tosse, falta de ar poderão ser considerados casos suspeitos de COVID-19. Anteriormente, os casos suspeitos eram classificados apenas a partir do histórico de viagem para alguns países com transmissão local da doença”, explica o portal do MS. Até agora um caso foi descartado em Alagoas e seis estão ainda sendo investigados. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), após atendimento, as amostras do paciente foram coletadas e enviadas para a Fundação Oswaldo Cruz, laboratório de referência nacional, que encaminhou o resultado laboratorial detectável para o novo Coronavírus (nCov-2019). O caso foi notificado pelo serviço ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Alagoas (CIEVS/AL) e o paciente está em isolamento domiciliar. Segundo a Secretaria de Saúde de Maceió, os casos que se enquadram nas definições de casos suspeitos são os de usuários que apresentem febre e um ou mais sintomas respiratórios (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação, sinais de cianose (sintoma marcado pela coloração azul-arroxeada da pele ou das mucosas), batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia, e histórico de viagem, nos últimos 14 dias, para países com transmissão sustentada. Também precisam se apresentar em uma unidade de saúde (UBS ou UPA) os contatos próximos da pessoa com suspeita e que apresentem sintomas da doença.