Em um intervalo de 24 horas, os casos suspeitos de coronavírus mais que dobraram em Alagoas. Dados atualizados pelo Ministério da Saúde apontaram 34 casos suspeitos no Estado na terça-feira (17), o que representa um aumento de 112% em comparação com o último boletim divulgado na segunda-feira (16), quando havia 16 suspeitos. Todavia, somente um caso continua confirmado, conforme o ministério. O caso confirmado em Alagoas é de um paciente de 66 anos que havia regressado da França para Maceió no dia 11 de fevereiro, após conexão em São Paulo. O homem já apresenta melhora no quadro de saúde, segundo a equipe médica. Em todo o País, foram confirmados 291 casos até o momento, com uma morte. Além disso, há 8.819 casos suspeitos da doença. Após exames laboratoriais, 1.890 casos foram descartados. Em nível nacional, os caso suspeitos mais que triplicaram. Os casos confirmados cresceram 23%. O infectologista do Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA), Fernando Maia, informou que o paciente de 42 anos confirmado com o novo coronavírus (Covid-19) em Alagoas já está bem e não apresenta mais nenhum sintoma do vírus. O diagnóstico dele foi divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) no dia 8 de março. Segundo informações do infectologista, o alagoano - que relatou passagem pela Itália, com retorno no último dia 3 de março - deve sair do isolamento já na próxima semana. “Tudo indica que sim [ele está curado]. A gente só tá aguardando acabar o período de isolamento. O que eu estou sabendo do caso é que ele está bem, está em isolamento, que é o de praxe, mas ele está bem”.

O especialista ainda ressaltou que não foi necessária a internação do paciente, pois não faz parte do grupo considerado como de risco - até o momento, apenas pessoas idosas. “O paciente que adoece precisar ficar 14 dias afastado por causa do risco de contaminação. Depois dos 14 dias, a pessoa já fica liberada para voltar à vida normal”, disse.

Em um áudio que circula nas redes sociais, Maia informa que vários casos suspeitos do vírus já foram descartados, pois o diagnóstico mais constante apontado nos exames é a da gripe H1N1 - doenças de acometimento respiratório. Ele salienta que nenhum outro caso do coronavírus foi confirmado até o momento. O Ministério da Saúde estima que, sem a adoção das medidas propostas pela pasta para prevenção, o número de casos da doença dobre a cada três dias. “Atitudes adotadas no dia a dia, como lavar as mãos e evitar aglomerações, reduzem o contágio pelo coronavírus”, alerta o órgão. O Ministério da Saúde recomenda também a redução do contato social o que, consequentemente, reduzirá as chances de transmissão do vírus, que é alta se comparado a outros coronavírus do passado. Segundo o governo federal, as unidades de saúde - públicas e privadas - deverão iniciar, a partir desta semana, a triagem rápida para reduzir o tempo de espera no atendimento e consequentemente a possibilidade de transmissão dentro das unidades de saúde.

* Sob supervisão da editoria de Cidades.