Cidades
TRANSPORTADORES PEDEM AJUDA AO GOVERNO
Transportadores intermunicipais foram ontem ao Palácio República dos Palmares fazer um apelo ao governo


Preocupados com a situação econômica, enquanto estiver em vigor o novo decreto emergencial do governo de Alagoas para contenção e prevenção ao novo coronavírus (Covid-19), trabalhadores do transporte complementar intermunicipal protocolaram um documento solicitando o auxílio do órgão público estadual. Parados há 10 dias, eles foram ao Palácio República dos Palmares, na manhã dessa segunda-feira (30), pedir ajuda financeira ao governador e tentar liberação para que 50% de sua frota volte a funcionar, entre outras solicitações.
As contribuições pedidas pelos transportadores são para o período de duração da pandemia e incluem:
- Isenção de forma absoluta do valor mensal pago a título de Taxa de Fiscalização à Arsal pelo prazo de 90 dias ou enquanto durar a crise;
- Isenção do ICMS do combustível;
- Ajuda financeira na ordem de quatro salários mínimos mensais pelo prazo de 90 dias ou enquanto durar a crise para atender as despesas mínimas dos permissionários;
- Concessão de subsídios financeiros;
- Autorização para o retorno de 50% das linhas de serviços de transporte rodoviário intermunicipal, com embarques e desembarques ocorrendo apenas nas rodoviárias, após fiscalização da vigilância sanitária.
À Gazeta de Alagoas, o representante do Sindicato dos Transportadores Complementares, Renan Melo, explicou que o transporte rodoviário é o único meio de sobrevivência de vários deles. Oficialmente, são 1.300 trabalhadores, porém, a conta aumenta quando se considera os motoristas substitutos e folguistas.
“Como somos trabalhadores autônomos, muitos de nós vive do transporte. A consequência de tanto tempo parado a gente nem sabe dizer, a gente não sabe como vai sair dessa. O decreto foi prorrogado por mais oito dias, por isso, a gente pede o retorno das atividades. Mesmo voltando, se a gente for rodar do jeito que está, não cobre as despesas”, conta Renan.
O apelo é por uma só causa. “A gente pede ajuda para, pelo menos, alimentar o nosso povo. Concordamos com as ações do governo para conter a pandemia, sabemos que existe e que o vírus é coisa séria, tem que ser evitado, mas a situação econômica da gente também precisa ser cuidada”.