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Cidades

IDOSOS IGNORAM RISCOS E SE AGLOMERAM À PORTA DOS BANCOS

Sindicato diz que agências têm adotado medidas para evitar filas, mas não têm como conter a aglomeração

Por Victor Lima | Edição do dia 01/04/2020 - Matéria atualizada em 01/04/2020 às 10h41

Não faltam recomendações nas redes sociais, caixa de entrada de e-mail, sites de notícia, canais de TV e até um decreto do governo de Alagoas estabelece a mensagem: “fique em casa!”. Para muita gente tem sido difícil seguir a principal medida de combate e prevenção ao novo coronavírus (Covid-19). Em época de pagamento de salário da aposentadoria, então, é visível que os idosos, os quais fazem parte do grupo de risco do vírus, são um dos nichos mais insistentes. Apesar da orientação dos bancos para que evitem as agências, eles têm se aglomerado às portas delas.

À Gazeta de Alagoas, o presidente do Sindicato dos Bancários comentou a situação. Márcio dos Anjos destacou que os bancos têm adotado diversas medidas, mas os gestores das agências afirmam que não é responsabilidade deles conter a aglomeração. “Procuramos os bancos e os bancos estão dizendo que não é responsabilidade deles, dizem que é do Estado. Eles estão fazendo o que é da competência deles. Está havendo contingenciamento nas agências e no autoatendimento delas. Somente uma máquina deve ser utilizada por pessoa, de forma que fique uma máquina sim, uma máquina não. Isso é a recomendação. As pessoas só devem ir às agências para atendimento emergencial, esse nós estamos garantindo”, inicia o presidente do sindicato. Márcio defende que as agências bancárias estão fazendo mais do que a sua competência. “Várias pessoas já fizeram denúncia porque está causando aglomeração e ferindo o decreto. Se estão acontecendo filas, cabe ao poder estadual ou municipal para que não existam. Nós, inclusive, estamos tentando protocolar um ofício junto à Vigilância Sanitária para resolver essa situação, mas esse papel de fiscalização é dos poderes municipal e estadual”, destaca. Ele conta que os funcionários têm sido preservados. “É uma questão nossa, está sendo adotado, exceto um banco, mas todos estão fazendo rodízio e contingenciamento. Também há o controle na entrada do banco, dizendo que só vai entrar de cinco em cinco, de dez em dez, dependendo de quantos vão entrar. A gente está recebendo reclamação de que não tem álcool em gel, mas nós estamos cobrando, isso sim é obrigação do banco. Nós já pedimos, algumas agências têm dito que não tem no fornecedor, mas estamos cobrando. E as pessoas que fazem parte do grupo de risco estão trabalhando de casa”. Por fim, Márcio dos Anjos reforça quais os canais que devem ser procurados para transações financeiras de rotina. “Exceto as pessoas que realmente necessitam ir às agências para sacar dinheiro, os demais não tem necessidade porque tem vários outros canais de atendimento que você pode utilizar sem precisar ir à agêcia. Tem no celular, tem os terminais de autoatendimento, tem os sites dos bancos, tem o Banco24h. Na agência só vai aquele que realmente a situação dele tenha que ser resolvida no interior da agência, para evitar vetores de transmissão”, conclui.

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