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Nº 5698
Cidades

SEBRAE CEDE IMPRESSORAS PARA PRODUZIR EPIs

Equipamentos serão utilizadas pela Ufal na produção de equipamentos de proteção para profissionais de saúde

Por Victor Lima | Edição do dia 03/04/2020 - Matéria atualizada em 03/04/2020 às 08h54

Foto: Kelvin Gomes
 

Diversos setores da sociedade têm se unido para contribuir com o combate ao coronavírus (Covid-19), e um exemplo disso é a iniciativa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de ceder, por 90 dias, três impressoras 3D ao Laboratório de Computação Científica e Visualização da Universidade Federal de Alagoas (LCCV/Ufal) para a produção de máscaras e Equipamentos de Produção Individual (EPIs). Os materiais serão distribuídos para os profissionais da saúde.

A produção dos EPIs é realizada por uma parceria entre o LCCV e o Laboratório de Fabricação Digital (Fab Lab), vinculado ao Laboratório de Estruturas e Materiais (Lema) do CTEC.

O professor Eduardo Florêncio, que faz parte do LCCV, explicou que eles não estão criando máscaras, mas aprimorando-as, baseados em orientação profissional. “Estamos pegando adaptações, de acordo com a orientação dos médicos, para poder fazer a produção da melhor maneira possível. Eu pego os arquivos-modelo da internet, dou as ideias, e peço a opinião do grupo para fazer a melhoria no desenho, fazer os arquivos das máquinas e uma equipe dá conta da produção”.

Os trabalhos são realizados por funcionários do laboratório, pesquisadores e estudantes, todos da Ufal, “porque as pessoas que estão lá no LCCV, são pessoas que têm capacidade de operar as máquinas e têm capacidade de trabalhar com a tecnologia”, destaca Florêncio.

Em média, 42 máscaras são produzidas por dia em oito horas de trabalho. “As máquinas já estão produzindo. A estimativa inicial seriam 42 máscaras por dia em oito horas, mas a intenção agora é deixar as máquinas produzindo fora do horário comercial. Acredito que a partir de hoje as máquinas podem trabalhar por mais tempo, mesmo sem ter gente olhando. Estamos no período de adaptação e os detalhes estão sendo alinhados nesses três, quatro dias apenas, isso porque estamos trabalhando em regime de guerra, porque normalmente demora mais que isso. O esforço está sendo gigante”, conta o professor.

Ao todo, seis máquinas (duas do Laboratório de Fabricação Digital - Fab Lab, três do Sebrae e uma do LCCV) têm trabalhado na produção dos EPIs. Todo o tempo e esforço que vem sendo gastos pelos envolvidos nesse “regime de guerra” é gratificante. “É de uma satisfação enorme saber que a gente está fazendo o bem e que o trabalho está indo adiante. Mais de 100 quilos no de material deve chegar ainda aqui no LCCV. É algo que vai começar a florescer mesmo, pegar o embalo, na semana que vem”, afirma Florêncio.

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