Cidades
8 PROFISSIONAIS DO SAMU ESTÃO INFECTADOS
Profissionais de saúde que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão infectados pelo novo coronavírus. A reportagem apurou que oito servidores - três enfermeiros, três técnicos de enfermagem, um motorista e um servidor da limpeza - teriam testado positivo para a Covid-19, foram afastados das funções e estão em isolamento domiciliar. A assessoria do Samu confirma seis casos.

Profissionais de saúde que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão infectados pelo novo coronavírus. A reportagem apurou que oito servidores - três enfermeiros, três técnicos de enfermagem, um motorista e um servidor da limpeza - teriam testado positivo para a Covid-19, foram afastados das funções e estão em isolamento domiciliar. A assessoria do Samu confirma seis casos. Funcionários do Samu denunciam a falta de equipamentos de proteção, especialmente para as equipes que saem às ruas e atendem pacientes em ambulâncias do tipo Unidade de Suporte Básico (USB). “Na verdade a gente muitas vezes, quando vai atender, não sabe que se trata de um paciente com suspeita de coronavírus, porque o médico regulador não informa como coronavírus, mas quando chega na UPA o paciente é avaliado pessoalmente pelo médico e nessa avaliação é feito o diagnóstico de coronavírus, então ele é isolado. Então a gente fica exposto. Falta até máscara mesmo, a N-95, que só é para quem sai em Unidade de Suporte Avançado (USA)”, explica um servidor que prefere não se identificar. “Está havendo um grande impasse, porque o Samu só quer dar o equipamento para a equipe que vai o médico e o enfermeiro, da USA. Só que a USB que só vão os técnicos e o motorista só querem dar a máscara cirúrgica, a normal”, denuncia o servidor. No último domingo (12), mobilização no Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo, denunciou a falta de equipamentos de proteção dos profissionais que atuam na linha de frente de combate ao Covid-19 no país. O ato também fez homenagem às vítimas da doença. Levantamento da Associação Médica Brasileira (AMB) aponta que, nas últimas três semanas, foram recebidas mais de 3 mil denúncias sobre a falta de equipamento de proteção individual (EPI) para os profissionais de saúde no país. Desse total, foram 37 reclamações oriundas de cinco municípios alagoanos. Desde o dia 19 de março a AMB tem disponibilizado uma plataforma específica para captação de reclamações e denúncias sobre a falta de EPIs para os profissionais da saúde que estão atuando na linha de frente em combate ao coronavírus (COVID-19). Em nota, a Sesau, por meio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Alagoas, esclarece que os profissionais testados positivos para Covid-19 estão em isolamento domiciliar, conforme indicado pelo Ministério da Saúde (MS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS). “O Samu Alagoas reforça que o setor de Saúde Ocupacional do órgão também está atento e atuando para os servidores que apresentem sintomas relacionados ao Coronavírus seja encaminhados para teste especifico e esses profissionais também estão sendo afastados e orientados a ficar em isolamento domiciliar. Sobre os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), eles estão sendo distribuídos para todos os profissionais da assistência, tanto as máscaras cirúrgicas como as máscaras N-95, assim como luvas, óculos de proteção, aventais e os macacões impermeáveis e sendo usados de acordo com as indicações do MS E OMS”, explica o Samu.