Artistas realizaram uma performance, na manhã desta sexta-feira (17), na Praça dos Martírios, no Centro de Maceió, para cobrar um amparo dos gestores públicos para a categoria de artistas do estado de Alagoas diante das medidas adotadas para combater o novo coronavírus, o que tem impedido a classe de trabalhar. Os artistas criticaram o edital publicado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e disseram que necessitam de medidas emergenciais por parte do governo.

Durante o ato, os artistas vestiram capuz preto e se alinharam unidos por uma corda, em protesto contra a falta de ações públicas que prestem assistência à categoria de artistas do estado. O ato aconteceu em frente à Secult. O músico Diogo Oliveira, um dos manifestantes, resumiu a situação como desesperadora e reclamou da falta de humanidade do governo para com a categoria. “Estamos lidando com a situação na base do desespero. Sabemos da importância do isolamento e, por isso, estamos parados sem gerar renda e não estamos sendo acolhidos pelo governo. Os gestores têm a obrigação de nos tratar com humanidade, temos despesas, precisamos de auxílio, não estamos em ação e não estamos gerando renda”, disse Diogo. Já para Carlos Alberto, também manifestante e diretor de teatro, o edital lançado pelo governo do Estado, através da Secult, não é efetivo e precisa ter caráter emergencial. “Nós artistas precisamos de alimento na mesa. Quem tem fome, tem pressa. Muitas pessoas da categoria não serão contemplados pelo edital, então é necessário que o governo do Estado ampare a nossa classe. Precisamos de respostas urgentes, as ações não podem se limitar a um edital”, concluiu. Em nota, a assessoria de comunicação da Secult afirmou que segue o trâmite legal e que tem agido, em tempo hábil e de acordo com a emergencialidade, para minorar os impactos da quarentena sob os artistas. D11

* Sob supervisão da editoria de Cidades.