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Nº 5885
Cidades Maceió, 20 de abril de 2020
Delivery, Profissão de risco. Ciclistas e motoqueiros estão se arriscando nas ruas atuando como entregadores em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz

ISOLAMENTO SOCIAL FEZ AUMENTAR SERVIÇO DE MOTOBOYS

Com queda do número de passageiros, mototaxistas precisaram se adaptar à nova realidade para conseguir serviço

Por william makaisy | Edição do dia 21/04/2020 - Matéria atualizada em 21/04/2020 às 09h52

/Maceió, 20 de abril de 2020
Delivery, Profissão de risco. Ciclistas e motoqueiros estão se arriscando nas ruas atuando como entregadores em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
/Maceió, 20 de abril de 2020
Delivery, Profissão de risco. Ciclistas e motoqueiros estão se arriscando nas ruas atuando como entregadores em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
/Maceió, 20 de abril de 2020
Delivery, Profissão de risco. Ciclistas e motoqueiros estão se arriscando nas ruas atuando como entregadores em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz

 Com a situação de pandemia e o Decreto de Emergência imposto pelo governo de Alagoas, que como forma de parar o contágio do novo coronavírus (Covid-19), determinou o isolamento social, muitos trabalhadores tiveram seus serviços afetados, entre eles, os mototaxistas e motoboys de Alagoas, que foram pegos de surpresa e tiveram toda sua rotina e forma de trabalho alterada. Para o presidente do Sindicato dos Mototaxistas e Motoboys do Estado de Alagoas (Simeal), Ed Sampaio, a situação, como antes nunca vivida, pegou todos da classe de surpresa.

“Enquanto sindicato, nós da Simeal, vemos essa como uma situação que pegou a gente de surpresa e mudou a rotina dos profissionais e seus ganhos também. Eles estavam acostumados com formas de trabalho X e tiveram elas alteradas do dia para a noite”, disse o presidente. Entre os que mais foram afetados pela situação de isolamento social e quarentena, foram os mototaxistas, que sofreram quedas no seu rendimento mensal, como conta o presidente do sindicato.

“No caso do mototaxista caiu o movimento por conta dos comércios e empresas fechadas, já para o motoboys houve um aumento por conta do isolamento social, as pessoas estão pedindo remédios com maior frequência alimentos e tudo que pode ser transportado pela motocicleta”, contou.

O presidente reforça ainda que muitos mototaxistas, devido à falta de trabalho, tiveram que migrar para o trabalho de motoboy e trabalhar com entregas, para não ficarem sem o dinheiro de sustento, uma vez que para muitos aquela é sua única renda.

Ele conta também que o sindicato, como forma de auxílio, orientou a classe a entrar com o pedido de R$ 600 do auxílio emergencial do governo federal, já que muitos são microempreendedores individuais (MEI) ou autônomos. Quanto à segurança e às formas de higiene para evitar o contágio do coronavírus, o presidente conta que solicitou ao governo do Estado Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), mas não conseguiu por terem sido disponibilizados aos profissionais da área de saúde.

“O sindicato solicitou do poder público mas a resposta que tivemos é que todos os epi’s adquiridos estavam sendo disponibilizados para a rede de saúde pública. Quanto às empresas que contratam os motoboys, elas têm seguido as orientação do sindicato e dos órgãos de saúde, e tem feito sua parte em fornecer e estimular o uso deEPIs e álcool em gel”, informou Ed Sampaio.

MOTOBOYS

Apesar do aumento no número de corridas, para José Barbosa, que trabalha como motoboy em uma lanchonete da parte alta da capital, a situação não é a das melhores. “Não está acontecendo tantas corridas quanto antes, pelo menos não aqui onde trabalho, então o dinheiro foi reduzido também. Claro, ainda consigo ajudar nas despesas na minha casa, mas, se formos comparar com antes disso tudo, minha renda diminuiu muito”, disse o entregador.

Ele contou que precisa escolher entre diminuir os gastos com sua motocicleta ou diminuir os gastos na sua casa, algo que nunca passou antes, e diz esperar que a situação melhore logo. “Espero que isso tudo passe o mais rápido possível, e que as coisas voltem a ser como eram antes, porque acho que a maioria das pessoas nunca pensaram que poderíamos chegar onde estamos hoje”, relatou o motoboy.

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