O Sindicato dos Vigilantes do Estado de Alagoas (Sindivigilantes) esteve reunido com trabalhadores, à porta da empresa Prosegur, na Rua Cabo Reis, no bairro da Ponta Grossa, para cobrar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os funcionários, nessa segunda-feira (20). Eles afirmam que a Prosegur, que faz o transporte de valores para abastecer os bancos e casas lotéricas, não disponibilizou os EPIs nem realiza a higienização do prédio onde fica a tesouraria da empresa. Em entrevista à rádio 98 FM, o presidente do Sindivigilantes, José Cícero Ferreira da Silva, contou que a mobilização foi motivada por dois fatores: a não redução de jornada e salário, que, segundo eles, havia sido proposta pela Prosegur, e a questão dos EPIs. “Baseada na MP, a empresa está dizendo que está passando por um momento difícil, só que essa MP tem 15 dias que foi lançada. Como é que pode, dentro de 15 dias, uma multinacional como a Prosegur já estar precisando da ajuda do governo? E os contratos que ela tem com o Banco do Brasil, Caixa Econômica e casas lotéricas, que não foram diminuídos? A gente é serviço essencial, mas a empresa está alegando que a gente tem que ganhar metade do salário”, inicia. De acordo com Ferreira, as alegações para os cortes precisam ser comprovadas. “A gente entende. Agora, se querem reduzir salário, tem que cumprir o que a MP disse. Se está tendo corte do repasse dos fornecedores para vocês, tem que mostrar, e não querem mostrar. Mas a gente veio aqui para discutir com os trabalhadores, são cerca de 800, porque não é só esse o problema”. Ele continua a denúncia, falando sobre os EPIs e o perigo que vai além dos funcionários, podendo atingir a sociedade como um todo, uma vez que lidam com o dinheiro que é distribuído aos alagoanos. “E aí, a gente chama atenção para a Vigilância Sanitária, porque a gente tem recebido várias denúncias no Sindicato dos Vigilantes de que a empresa não está cumprindo com os EPIs dos trabalhadores, e tem gente suspeita de coronavírus dentro da empresa. Queremos que o local cumpra com os EPIs dos trabalhadores e faça uma higienização dentro do prédio onde todo mundo trabalha. Ora, aqui é tesouraria, mexe com dinheiro no dia a dia, e aí, os trabalhadores precisam de segurança. Aqui é um foco, se tiver um doente, adoecem todos que estão lá dentro”, defende. A reportagem entrou em contato com a Prosegur, que ficou de se pronunciar sobre o assunto.