O Decreto de Emergência imposto pelo Governo de Alagoas, seguindo as recomendações de isolamento social da Organização Mundial da Saúde (OMS), para parar o contágio do novo coronavírus (Covid-19), acabou influenciando na redução de 40% no número de assaltos e roubos nas residências e estabelecimentos comerciais alagoanos, em comparação ao mesmo período do ano de 2019. Segundo o delegado da Delegacia Especializada de Roubos da Capital (Derc), Thiago Prado, houve redução de 40% no número de roubos a estabelecimentos comercias e residências alagoanas, em comparação ao mesmo período do ano anterior. “Se formos agora fazer um comparativo entre os meses de março a abril do ano anterior [2019] e deste ano, houve uma redução de 40% no número de assaltos registrados, por conta desse isolamento social”, disse o delegado. No atual mês de abril já foram contabilizados cerca de 200 fatos criminosos, de acordo com o delegado Thiago Prado. A diminuição se dá em estabelecimentos residenciais e estabelecimentos de teor comercial. Ainda segundo o delegado, para os estabelecimentos comerciais que se encontram abertos pelas medidas do decreto, tais como farmácias e mercados, a delegacia está trabalhando na identificação de quadrilhas que agem com foco neles. “A delegacia de roubo não faz policiamento ostensivo, que seria a função da Polícia Militar (PM). Nosso papel são medidas repressivas, na identificação de quadrilhas que agem com ênfase nos poucos estabelecimentos comerciais que estão abertos, como farmácias e pequenos mercados de bairro”, informou o delegado.

ALIANÇA COMERCIAL

As diminuições informadas pelo delegado já são sentidas pelo setor comercial da capital alagoana, como conta o presidente da Aliança Comercial de Maceió, Guido Santos. “Até o momento não tivemos nada que indique aumento, pelo contrário. Tivemos sim duas tentativas de arrombamento de lojas que estavam fechadas no centro de Maceió, mas nada chegou a ser levado”, contou Guido Santos.

O presidente relata ainda que devido à não constatação de casos, não foi necessária a criação de serviços de segurança especiais para os estabelecimentos comerciais. “A maioria das lojas já têm o monitoramento eletrônico. Alguns empresários contrataram monitoramento a paisana, mas foram poucos. O padrão é o monitoramento comum que já era realizado, já que contamos também com a fiscalização da Polícia Militar (PM), do Programa Ronda no Bairro e dos agentes da Prefeitura de Maceió”, informou o presidente da Aliança Comercial de Maceió. Esta semana, após novo decreto assinado pelo governador Renan Filho, algumas lojas reabriram no comércio central, beneficiadas. A medida permitiu a reabertura de papelarias, livrarias, lojas de tecidos e concessionárias de automóveis.