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RELIGIOSOS TRANSMITEM CULTOS E PREGAÇÕES PELA INTERNET

Isolamento social obrigou igrejas a buscar formas alternativas de se manter próximas aos fiéis

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A quarentena e o isolamento social impostos pelo Decreto de Emergência do governo de Alagoas alterou a rotina de diversos religioso de Alagoas. De liturgias a portas fechadas a cultos em transmissão ao vivo para os fiéis. A quarentena vem impondo uma nova forma de se relacionar com a religião para os alagoanos. “Tivemos que suspender o contato presencial com os fiéis. Além dos cuidados orientados por médicos sanitários especialistas no assunto. Não paramos de celebrar os atos litúrgicos, apenas os fazemos agora de portas fechadas, sem a participação do povo”, informou a assessoria de comunicação da Arquidiocese de Maceió. “Alguns estão transmitindo pelas redes sociais de cada Paróquia. Na celebração ficam apenas algumas pessoas em quantidade reduzida, apenas o necessário para operar e transmitir os vídeos”. O arcebispo de Maceió, Dom Antônio Muniz, por pertencer ao grupo de risco do contágio do coronavírus, fica na capela episcopal, com dois agentes como companhia e como auxiliadores. Ele celebra diariamente de sua capela e transmite através das redes sociais mensagens do dia para os fiéis. “Neste momento da pandemia e da quarentena é muito importante que encontremos esses ganchos. Neste momento o pessoal está mais recolhido em casa então é importante aproveitarmos essa oportunidade para poder veicular notícias e palavras relativas à igreja, para mostrar que nada está parado, que tudo está caminhando, apenas com uma forma diferente do habitual”, informou Dom Antônio. Ele reforça que espera que todos possam sair desse momento fortificados espiritualmente. “As pessoas estão rezando mais, refletindo mais e lendo mais. Vamos sair melhores e mais fortes para enfrentar todas as adversidades que virão”.

EVANGÉLICOS

Para o pastor Wellington Santos, as igrejas não foram fechadas, umas vez que para ele a igreja são os fiéis, e não um local físico. “O espaço público, os templos que chamamos de igreja estão fechamos, mas nós fiéis estamos aqui cultuando a Deus em nossas casas com nossas famílias nessa quarentena”, ressaltou. Ele reforça a importância do isolamento social para parar o contágio do coronavírus e diz ser a favor das medidas do impostas pelo governo. “É muito positivo fechar os templos, faço parte de um grupo que defende isso. É uma forma de prevenir e parar o pico de contaminação. Não posso abrir um templo e aglomerar centenas de pessoas em um espaço colocando eles em risco. As atividades presenciais precisam parar mas a igreja não fecha nunca, porque ela são as pessoas”, reforçou Wellington Santos. O pastor reforça que a manutenção da fé é algo do privado das pessoas e que independe de estruturas físicas. Assim como a Igreja Católica, a igreja evangélica também está realizando transmissões online e segundo o pastor só irão retornar com cultos presenciais quando sentirem que é seguro para seus fiéis. Wellington diz que todos estão tentando aprender a viver esse período de isolamento, mas ressalta que se trata de um momento em que as pessoas estão começando a rever melhor as prioridades e os valores. Ele ressalta que as pessoas precisam entender e respeitar a ciência e parar de agir como se a pandemia não fosse real, que esse é um momento, acima de tudo, de solidariedade e união com o próximo.

ESPÍRITAS

As coisa não são muito diferentes no centro espírita ‘Nosso Lar’, que também cessou os trabalhos doutrinários presenciais. “Todo nosso trabalho doutrinário e de reunião no centro foram suspensos. Reuniões, palestras e atendimentos foram todas para a parte virtual ”, informou Luciano Milano, assessor do centro. Apesar das restrições, o centro tenta manter as atividades solidárias como de costume. Uma das mais frequentes é a distribuição de sopas para a comunidade carente de Sururu de Capote. “O Nosso Lar tem mais de 20 anos de trabalho na favela Sururu de Capote, e nesses 20 anos nós fazemos entrega de cestas básicas e alimentos na favela. Diariamente tentamos distribuir sopas para o pessoal de lá, entregamos cerca de 400 sopas. Antes da pandemia era realizada na nossa sede, e eles assistiam a uma palestra antes, agora, com essa questão do corona, eles vêm aqui, pegam e saem rápido para evitar aglomerações”, contou o assessor. O centro enxerga esse momento como uma oportunidade de transformação do ser humano.

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