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Nº 5882
Cidades Menos da metade dos vendedores informais continua trabalhando, informa sindicato

AMBULANTE DEPENDEM DE AJUDA PARA ENFRENTAR PANDEMIA

No caso do auxilio emergencial, muitos alagoanos até agora esperam a liberação da primeira parcela do benefício de R$ 600

Por regina carvalho | Edição do dia 14/05/2020 - Matéria atualizada em 14/05/2020 às 06h00

A crise provocada pelo avanço do novo coronavírus afetou a economia e deixou os trabalhadores informais sem renda nesse período de pandemia. Parte não pode retornar à rotina por determinação do decreto de emergência e necessita da ajuda do governo. No caso do auxilio emergencial, muitos até agora esperam a liberação da primeira parcela do benefício de R$ 600. Segundo Rosivaldo Moura, presidente da Associação dos Camelôs, menos da metade dos vendedores informais continua trabalhando. “O pessoal do Shopping Popular está trabalhando via delivery, fazendo entregas, mas nem todos conseguem. De todos os camelôs, a gente está com cerca de 40% trabalhando e o restante está parado”, explica.

Cerca de metade dos camelôs ainda não conseguiu o auxílio emergencial do governo federal, segundo Rosivaldo Moura. “A situação não é boa porque já são muitos dias praticamente parado. No Centro, tem cerca de cem ambulantes trabalhando, por volta de 40% do total de trabalhadores. No mês passado a gente conseguiu algumas cestas básicas para o pessoal da Praça dos Palmares, mas para o Shopping Popular a gente só conseguiu cerca de 40. É muito difícil porque é um pessoal que trabalhava sem depender de ajuda”, declara Rosivaldo Moura.

“Por parte da prefeitura a gente conseguiu somente alguns meses de isenção da taxa do Shopping Popular, mas continuamos bancando junto com os associados a segurança porque a gente não podia deixar o prédio fechado sem segurança. Mesmo assim a gente só está com 25 a 30% do pessoal fazendo delivery porque muitas atividades não conseguiram, estão com muita dificuldade para vender”, conta o presidente da associação. Claúdia Lima tem uma loja no Shopping Popular, no centro de Maceió, e tenta diminuir o impacto da queda das vendas utilizando a internet, mas diz que a situação é muito difícil. “Vendo brinquedos e mesmo falando com clientes pelo Facebook, minhas vendas caíram muito, cerca de 80%. Ainda não consegui essa ajuda do governo, até hoje estão analisando”, lamenta. O auxílio emergencial é um benefício financeiro destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, criado para o período de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, no valor de R$ 600, que será pago por três meses para até duas pessoas da mesma família. Mais de 16 milhões pedidos estavam em análise até ontem.

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