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POLÍCIA INVESTIGA SE SEQUESTRADORES DE EMPRESÁRIO ESTÃO LIGADOS A MILÍCIAS

Vítima foi levado a motel e amarrado pelos suspeitos, que vieram do Rio de Janeiro

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Está elucidado o caso do sequestro de um empresário, ocorrido nesse domingo (24), em Maceió. Ele foi encontrado em um motel, no bairro São Jorge, após rastreamento do seu aparelho celular. A investigação culminou na prisão de dois suspeitos do Rio de Janeiro - um guarda municipal e um militar -, que alegaram uma suposta dívida da vítima no valor de R$ 250 mil. “Eles foram presos em flagrante, embora eles não confessem todos os termos pelos quais foram presos, a extorsão mediante sequestro, mas a gente não tem dúvida em relação a isso. Têm algumas coisas que a gente ainda precisa esclarecer. Está solucionado, mas a gente pretende ouvir umas duas pessoas antes de concluir e enviar o inquérito à justiça”, declarou o delegado da Seção Antissequestro e Crimes Cibernéticos da Polícia Civil, José Carlos dos Santos. Ele ainda informou à imprensa que será investigado se os suspeitos integram uma milícia do Rio de Janeiro, já que a forma como atuaram (ação) é típica desse tipo de organização.

Policiais militares foram acionados para a ocorrência e resgataram o empresário, que estava amarrado e mantido em um dos quartos do motel. A polícia apreendeu armas de fogo, carregadores, munições, gasolina, algema, balaclava e camisas com identificação da polícia.

Um dos presos afirmou que trabalha como guarda municipal no Rio de Janeiro e o sogro alegou ser bombeiro militar. Ambos declararam terem repassado a quantia para o empresário investir no mercado financeiro e que não teriam resgatado o valor. A situação foi negada pelo empresário. “Havia uma motivação específica para que os indivíduos se deslocassem do Rio de Janeiro para Alagoas para praticar essa extorsão com sequestro. A ideia principal era extorquir o empresário e pegar o dinheiro que teria sido investido. Eles levaram o empresário para o motel. Lá, tinham todos os materiais e o empresário poderia ser torturado, possivelmente morto”, disse José Carlos.

PRISÃO

O juiz Carlos Henrique Pita Duarte decretou, na noite de ontem, a prisão preventiva de Carlos Valerio Gonçalves do Amaral, de 58 anos, e de Igor Ferreira Coimbra, de 32. Sogro e genro foram presos no domingo (24), após sequestrarem um empresário. Na decisão, o magistrado ponderou que há necessidade de se resguardar a ordem pública. Logo após os mandados de prisão serem expedidos, a defesa dos suspeitos entrou com pedido de liberdade provisória. Mais cedo, a promotora de Justiça Silvana de Almeida Abreu requereu a homologação do auto de prisão em flagrante e a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. De acordo com o parecer da promotora, Carlos, que é subtenente do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro, e Igor, que é Guarda Municipal da cidade do Rio de Janeiro, representam risco à garantia da ordem pública se forem soltos. Ela pondera ainda que a profissão exercida pelos dois torna o fato ainda mais grave.

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