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Nº 5885
Cidades Maceió, 27 de maio de 2020
Venda do sururu com as marisqueira na orla lagunar no Dique Estrada, do bairro Vergel do Lago em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz

CRISE AFETA CATADORES COM QUEDA NAS VENDSA DE SURURU

O sururu - patrimônio de Alagoas - é uma das principais fontes de renda de centenas de famílias alagoanas. Devido à pandemia, as vendas caíram, segundo relatos dos pescadores e marisqueiros que vivem do molusco encontrado nas Lagoa Mundaú e Manguaba. Na

Por Clariza Santos | Edição do dia 28/05/2020 - Matéria atualizada em 28/05/2020 às 06h42

/Maceió, 27 de maio de 2020
Venda do sururu com as marisqueira na orla lagunar no Dique Estrada, do bairro Vergel do Lago em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
/Maceió, 27 de maio de 2020
Venda do sururu com as marisqueira na orla lagunar no Dique Estrada, do bairro Vergel do Lago em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
/Maceió, 27 de maio de 2020
Venda do sururu com as marisqueira na orla lagunar no Dique Estrada, do bairro Vergel do Lago em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
/Maceió, 27 de maio de 2020
Venda do sururu com as marisqueira na orla lagunar no Dique Estrada, do bairro Vergel do Lago em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz

O sururu - patrimônio de Alagoas - é uma das principais fontes de renda de centenas de famílias alagoanas. Devido à pandemia, as vendas caíram, segundo relatos dos pescadores e marisqueiros que vivem do molusco encontrado nas Lagoa Mundaú e Manguaba. Na comunidade localizada às margens da Mundaú, na Avenida Senador Rui Palmeira, no bairro Vergel do Lago, em Maceió, a marisqueira Leonora da Silva Herculano, de 45 anos, diz que a produção, assim como às vendas tiveram redução. “Agora, nessa pandemia, poucas pessoas estão trabalhando com o sururu. Teve uma queda nas vendas. O movimento caiu bastante. Tá muito fraco pro pessoal que vende sururu”, disse a marisqueira. O molusco, ainda conforme o relato de Leonora, continua sendo vendido ao preço habitual, de R$ 10 (em retalho, o quilo) e a entrega R$ 7. Sem conseguir a liberação do auxílio emergencial, Leonora conta que está recebendo menos de R$ 100 semanais para sobreviver. “Muitas pessoas aqui não conseguiram receber o auxílio. Eu não consegui. Hoje, eu estou sobrevivendo da venda do sururu porque se eu disser que tenho tirado 70 ou 80 reais por semana, é muito. Antes da pandemia, eu trabalhava com trinta a quarenta latas de sururu, hoje em dia estou trabalhando com sete latas”, contou. Leonora conta que só passou por uma situação tão difícil quanto a pandemia, foi quando o sururu desapareceu da Lagoa Mundaú. “Nesses mais de 20 anos, depois do sumiço do sururu da lagoa, essa é a pior crise”. Atualmente, da casa de Leonora, apenas ela está mariscando. O marido e os filhos estão afastados do trabalho com o molusco devido a pandemia. Outra marisqueira que relata dificuldades atualmente é a Fabíola Sarmento, que relembra a recente crise do óleo. “O aparecimento das manchas nas praias de Alagoas e de outros estados do Brasil prejudicou a venda. Estávamos numa crise e entramos em outra”.

Mesmo em meio a pandemia, as marisqueiras seguem trabalhando e contam que obedecem às normas de higienização e proteção individual. Além disso, elas relatam que estão contado com doações do instituto #MandaVer para “poder sobreviver”.

A ONG tem doado refeições, máscaras, produtos de higiene e cestas básicas para as comunidades que sobrevivem do sururu e para os moradores das favelas mais carentes das regiões da lagoa.

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