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Nº 5886
Cidades Prática mais comum de comunicação nos presídios é o uso de celulares

SISTEMA PRISIONAL TEM MAIS DE CEM AFASTADOS POR SUSPEITA DE COVID

o dos Agentes Penitenciários teme um colapso e cobra acesso aos dados e criação de um posto médico

Por Marcos Rodrigues | Edição do dia 02/06/2020 - Matéria atualizada em 02/06/2020 às 06h00

A contaminação pela Covid-19 no sistema prisional do Estado está expondo diariamente ao risco guardas prisionais, pessoal administrativo e reeducandos. A Secretaria Estadual de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) atua para minimizar a situação e divulgou que nove reeducandos estão contaminados, sendo que quatro já chegaram com diagnóstico positivo para a doença. O Sindicato dos Agentes Prisionais teme um colapso com afastamentos, denuncia que que não tem tido acesso aos números atualizados antes da divulgação e cobra a crianção de um posto médico. Segundo o presidente da entidade, Petrônio Lima, as últimas informações são de que já existem 25 guardas prisionais contaminados e outros 120 afastados com suspeita ou de forma preventiva. Cada afastamento, segundo revelou, implica a sobrecarga de alguma equipe de plantão. A informação foi divulgada no dia 29 de maio. “Tentamos contato com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesau) para a criação de um posto médico dentro do sistema porque é uma cidade com mais de 5 mil pessoas. Não estamos tendo acesso aos números, depois que contestamos alguns coisas que foram divulgadas. Estão ocorrendo muitos afastamentos não só guardas. Só sei quando publicam”, denunciou Petrônio. As baixas estão ocorrendo entre os reeducandos, que contaminam uns aos outros até serem diagnosticados e também entre quem trabalha. Quanto aos casos confirmados a entidade não tem tido acesso se o tratamento é domiciliar ou há alguém em estado mais grave. “Nosso medo é do sistema colapsar e não termos pessoal nem para socorrer os reeducandos no transporte. Não temos mais equipes para substituir ninguém”, acrescentou Petrônio.

SERIS

Segundo informou a Seris, por meio de sua assessoria, todos os reeducandos que foram diagnosticados com a doença e têm pelo menos dois sintomas também estão sendo isolados na estrutura improvisada que funciona na unidade Santa Luzia. De acordo com a secretaria trata-se de um hospital de campanha. Dentro da unidade as medidas que estão sendo tomadas incluem a distribuição de alcool em gel, máscaras de pano que estão sendo produzidas no presídio do Agreste e uma barreira sanitária para controlar a entrada de quem tem necessidade de entrar no sistema. A higienização dos ambientes é feita pelos próprios reeducandos que também retomaram a produção de saniantes que são usados para a limpeza. Essas medidas e a vacinação, em massa, para o vírus H1N1 são consideradas ações de enfrentamento. Por causa da situação as visitas e o contato físico estão proibidos. Essa excepcionalidade fez a direção adotar como estratégia o contato telefônico de familiares dos reeducandos com o sistema e, também, quando há necessidade de comunicação por parte de quem está atrás das grades as famílias. Esse trabalho é feito pelas assistentes sociais e psicólogos. Além disso, dentro dos espaços o uso de máscara é obrigatório. No caso dos guardas prisionais além da máscara facial também receberam máscara de tela, a fim de garantir ainda mais proteção.

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