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ENTIDADES MONTAM BARREIRAS SANITÁRIAS EM ALDEIAS DE ALAGOAS

Avanço dos casos do novo coronavírus entre índios da região fez o Ministério Público Federal pedir providências à Funai

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O número de índios infectados pela Covid-19 no estado de Alagoas têm aumentado, segundo boletim divulgado pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde. De acordo com os dados, o número de casos avançou em 116,6% em apenas 48h. As medidas tomadas para evitar a contaminação dos índios foram a instalação de barreiras sanitárias nas aldeias alagoanas. O avanço no número de contaminados em aldeias fez com que o Ministério Público Federal recomendasse à Fundação Nacional do Índio (Funai), Distrito Sanitário Especial Indígena (Disei) de Alagoas e Sergipe e às secretarias municipais e estadual de Saúde a instalação de barreira sanitárias em todas as tribos espalhadas por onze municípios alagoanos. Ainda de acordo com as informações divulgadas pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), atualmente, fora o aumento de 116,6%, que atingiu 13 índios, há outros 11 casos suspeitos e uma morte, ocorrida no início de maio, na aldeia Kariri-Xocó, no município de Porto Real do Colégio. O presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi), Celso “Xucuru Cariri” Celestino, conta que, as barreiras sanitárias já estão sendo realizadas visando diminuir o número de casos da Covid-19 entre os índios. “Na nossa parceria com a Sesai, que é responsável pela prevenção da saúde indígena, e com algumas secretarias municipais, já estamos realizando as barreiras sanitárias, como a de Porto Real do Colégio. Claro, precisamos que os demais municípios participem e nos deem suporte para isso”, contou. “Estamos com o auxílio das comunidades indígenas e dos órgãos responsáveis realizando essas barreiras na medida do que conseguimos fazer, porque o número de casos de coronavírus entre as etnias indígenas alagoanas está crescendo. Mas sim, as ações estão sendo realizadas na medida do possível”, informou Celso Celestino.

NÚMERO DE CASOS

De acordo com o antropólogo, professor do Centro Universitário Cesmac e coordenador do recém-criado Núcleo Acadêmico Afro e Indígena (Nafri), Jorge Vieira, a situação está complicada por falta de uma política eficiente no combate ao coronavírus. “A situação está assim por falta de articulação da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) com as secretarias municipais, porque infelizmente o Governo do Bolsonaro não tem uma política efetiva contra a Covid-19. Vemos o resultado nesse aumento de 116,6% nos casos de Covid-19 entre indígenas”, disse.

“Esperamos que essa recomendação do Ministério Público Federal seja efetivada permanente até quando durar o risco de contaminação. E essas ações devem ser tomadas em todas as aldeias indígenas alagoanas, porque já foram tomadas algumas ações, porém, pelas próprias lideranças indígenas, que não possuem formação adequada para isso. Essa ação tem que ser feita com profissionais de saúde e segurança, que tem competência para realizar isso”, finalizou Jorge Vieira.

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