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ESTADO TEM A 10ª TAXA DE CONTÁGIO

Alagoas tem a décima maior taxa de contágio do novo coronavírus do Brasil. Até a última quarta-feira (17), estima-se que cada alagoano infectado transmitiu o vírus em média para mais 1,27 pessoa. Nos últimos 10 dias analisados, o estado mostrou a menor média de transmissão no último domingo (14), quando era 1,3. A estimativa foi feita pelo grupo Covid-19 Analytics, do qual participa a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. O estado mostrou diminuição em comparação a última semana do mês de maio, quando atingiu a média de contágio de 2,94 pessoa. Para chegar a esse número os pesquisadores consideram o Rt, que mede a taxa de retransmissão do vírus. Quando esse índice está abaixo de 1 significa que a média de pessoas contaminadas por um infectado está abaixo de uma. Alagoas está há 11 dias com taxa superior a essa média. A última maior taxa de contágio registrada em Alagoas foi no último dia 27 de maio, quando, cada alagoano transmitiu em média o vírus para mais 2,94 pessoa. Até a data analisada, Goiás é o estado brasileiro com a maior taxa de retransmissão do vírus, com média de 1,89. Seguido por Sergipe, com 1,86; Mato Grosso, com 1,59; Mato Grosso do Sul, com 1,57; Paraná, que chega a 1,48; Piauí, com 1,42; Roraima, com 1,39; Espírito Santo (1,34) e Rio Grande do Sul, que chegou a média de 1,31. Segundo as previsões do estudo, no próximo dia 1º de julho, Alagoas deve contabilizar 43.267 casos. Os números representam um aumento de 68,8% no número de casos, em comparação com o dia 18/6, quando os casos somavam 25.633. Na região Nordeste, Alagoas é o terceiro estado com a maior média de transmissão do vírus. Para o infectologista Fernando Maia, presidente da Sociedade Alagoana de Infectologia, a taxa de contágio atual tem pontos positivos e negativos. “Esse número reflete duas coisas, ele tem um lado bom e um lado ruim. O lado bom é que, quanto mais pessoas infectadas nós temos, começa acontecer algo chamado imunidade em rebanho, que é quando as pessoas começam ficar imunizadas, o vírus tem mais dificuldade para circular e fica mais fácil de controlar a circulação dele. O lado ruim é que isso indica que as pessoas não estão tomando as medidas indicadas de isolamento e do uso de máscaras”, pontuou.